13.10.08

Antídoto 2008 no Itaú cultural com Záfrica Brasil

Domingo dia tranquilo, mas eu sabia que de noite seria estrondoso. Chegando na Paulista às sete da noite, eu e a Josélia, entramos logo na fila, e eu logo achei na fila, Dubod sua mina a Van, e também o Berimba de Jesus junto com um pessoal. Ficamos ali esperando o ínicio da entrega dos ingressos do show, e depois ficamos sentados ali mesmo no itaú cultural esperando o ínicio do show.
O Antídoto 2008 - seminário internacional de ações culturais em zonas de conflito, trouxe de noite pro palco, com recorde de público, que inclusive teve que se fazer às pressas uma segunda sessão, AFROREGGAE um grupo cultural do Rio de Janeiro ( salve Vigário Geral), Grupo Ilê Aiyê de Salvador Bahia com todo seu axé da terra de todos os santos, o músico irreverente Lirinha e os quilombolas de Taboão da Serra Gaspar ( cooperiférico nato), Funk Buia e Pitchô, contando é claro com Dj Tano campeão nas pick ups.
Esse encontro superou minhas expectativas, e foi uma noite linda com certeza. O Afroreggae chegou quebrando tudo com uma mega banda, e toda a positividade que só eles tem. Duas músicas depois da entrada do Afroreggae foi a vez de entrar em cena o músico Lirinha, com seu gingado nordestino. Após cantar " morte e vida stanley" um alusão à " morte e vida severina ", o Afroreggae deu continuidade, contando sempre com o trio treme terra, que dá um show com as baquetas, surpreendente o show dos caras. Logo após entrou em cena o Záfrica Brasil " o que importa é a cor e quem tem cor age", com esse refrão levantaram o público, e colocaram o RAP aonde ele merece sempre estar, entre os melhores. Cumprimentei o Gaspar quando estava ainda no palco, ainda semana passada ele estava na Cooperifa com o Kennia conversando, e eu do lado só pegando as experiências, e ontem estava rimando no palco do itaú cultural, é só progresso!
Dando continuidade ao show ainda teve a participação do grupo de Salvador Ilê aiyê, com toda sua magia e sua cadência bahiana. O final como não poderia deixar de ser foi todo mundo reunido no palco, fechando com chave de ouro a segunda sessão, na qual estive presente pois a primeira às sete e meia esgotou os ingressos, e deixando plantada a semente do Antídoto pra pelo menos parte de nossos problemas conflitantes desse nosso Brasil. Periferia é uma realidade, sua arte e cultura é uma realidade, chegamos pra ficar e queremos nosso lugar. Já temos nosso lugar.
Essa semana ainda terá teatro, com o grupo cultural "nós do morro" a peça é a Machado a 3x4.
É isso ai.

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