30.5.09

Fato Realista na Ação Educativa evento Suburbano Convicto

Pique Judas
Fato Realista na Ação Educativa evento Suburbano Convicto



Fato Realista
Contatos para eventos: renatovital2@yahoo.com.br

Hollywood depois do terreno baldio


Após concluir " Ganhando meu pão" de Máximo Górki, terminei também em dois dias, o livro Hoolywood depois do terreno baldio da Escritora e Cineasta Tata Amaral. Eu gostei do livro foi escrito por um olhar feminino observador, ela retratou bem a periferia, e suas dores. Apesar de não ter gostado do filme Antônia, gostei bastante do livro. Fica como indicação.

29.5.09

Conheça o grupo censurado pela 105 fm

Estive ontem conversando com o mano André ( que venceu o câncer com a graça de Jesus Cristo), que me disse que seu grupo foi censurado pela 105 fm. Qual será o grupo do mano André, Moisés entre outros manos, que foi censurado pela 105fm?




Veja abaixo a revelação:





Entre o vale da morte, a tempestade de lágrimas,

eu Eduardo Facção Central vejo no céu de pólvora

Uma estrela cadente, a estrela que corta a noite do suplício

Com a velocidade do cometa, e a precisão da flecha

Cai na terra pra anunciar o nascimento do grupo.......





A286

Ganhador do Hútuz 2009 na categoria Revelação


01 A um Passo (Participação Dundum Facção Central)

02 Enquanto Houver Motivo

03 Não quero Vira Memória (Participação Shith e Jota Arias)

04 Misericórdia

05 Cotidiano

06 Resto Do Inferno

07 Dor Que Não tem Remédio

08 Culpa

09 Noites De Bagdá

10 Até Quando (Participação Nega Kassia)

11 Prepara as As Algemas (Participaçâo Eduardo Facçâo Central)

12 A Outra Chance

13 Qual O Preço Do Sangue?

14 Para Todos Sempre Guerra

15 Enterrado Vivo

16 Neurose (Participação Alex Street)





Letra de uma das músicas do grupo




Não quero virar memória





eu quase acreditei, que o crime seria a saída

pros problemas que eu tinha pra desgraça da minha vida

cheguei a pensar que pra sonhar,

eu tinha que matarfazer a vaca rica chorar, o boy se mijar, o gerentedeitar

eu quase me entreguei ao pó com bicarbonato

mais eu queria muito mais do que ser um viciado

talvez um ladrao respeitado, o dono do trafico

pagando de carro importado com uma pá de puta do lado

o chefe da quadrilha de goma com piscina

e os ganso tremendo quando me vissem dobrando a esquina

mas sera que tudo isso me faria feliz?

e minha coroa o que diria se me visse assim?

ou de grampo no pulso num domingo de visita?

ou meu corpo costurado na mesa do legista?

não isso não eu quero uma família

poder ver miha filha brincar de bonequinha

cuzão de cherokee não vai rir nem aplaudir

meu pulso algemado e nem me ver no IML

eu não quero virar lembrança no album de família

nem a cruz no cemitério nem a ve la de sétimo dia

minha vida vale mais que o tombo do meu inimigo

que o plaquer de dollar o tiro da rota o mofo do presidio

meu corpo não vai ser noticia pra globo

nem destaque no linha direta ladrao procurado encontrado morto


refrão


não quero virar memoria nem fica pra história

minha vida vale mais que uma triste trajetoria

não quero virar memoria nem ficar pra história

minha vida vale mais


já superei os 25 anos de vida contrariando a mistica e a porra da estatistica

sobrevivendo ao preconceito hipócrita da mente criminosa da sociedade maliciosa

é foda ser discriminado por ser preto favelado deficientemente julgado revoltado

isso me deixa injuriado sistema nervoso abalado caralho

aqui o pobre tá condenado a morrer crucificado

a minha vida é mais importante que a carreira de cocaina

me esquivei do lado podre da periferia

fui mais alem batalhei pra ser alguém me esforcei como ninguém

pra não morrer também

jogado no meio do mato todo putrificado tipo noia ensacado pé de breck atrasa lado

pretendo subi na vida construir uma familia

não vou dar motivo pra toma tiro e acaba morto na esquina n

não vou por em vão o esforço que Sr Nelson fez por mim

salve pra guerreira Zefa que me criou enfim

não posso contraria quem sempre quis me ajuda a conquista ser o exemplo de vida não desandar sera que é certo mete o ferro escuta o berro

o teco sangue na roupa o tombo mais um pro inferno?

não quero virar memoria nem fica pra história vitima sem glória triste trajetoria


refrão

não quero virar memoria

nem fica pra história minha vida vale mais que uma triste trajetoria

não quero virar memoria nem ficar pora história

minha vida vale mais


já estive muito proximo da morte um prato uma carreira PT na mesa o mapa da sorte

varios mano apetitoso cartel periculoso tô vendo minha mãe no sufoco que si foda eu tô disposto a matar morrer me levanta ou ter que perde o afeto

de quem luto sua vida toda pra não me ver trancado fechado

feito bicho do mato no asfalto jogado com corpo esquartejado

seria a primeira vez tipo a vez de quem rodo

igual uma pa de mano que foi não volto como combinou

talvez fosse a jogada da minha vida ou talvez seria meu fim na mão da policia (discussao)

5 minutos pra decidir se ir ou não ir pensei na familia no sonho que eu tinha um dia que contruir desisti achei que era o mais certo não quero morrer na giratoria do banco mano deixa quieto algum deles acho que eu tinha pipocado

outros fico na segunda comigo falando que eu tava errado que a fita ia virar minha vida ia mudar hoje estao na memoria servindo de exemplo pra aqueles que vão começar

eu queria acreditar que aquela fita não era ilusão que o preço da desilusao

não fosse o caixao de varios irmaos não queo virar memoria nem fica pra história

nem meu corpo sendo ezumado pra se confirmar mais uma vitória


refrão

não quero virar memoria nem fica pra história

minha vida vale mais que uma triste trajetoria

não quero virar memoria nem ficar pra história

minha vida vale mais

Briga de Torcidas Corinthians x Palmeiras 2º parte

Priiiiiiiiiiiii.............

Rolou a bola mano, sacode a poeira
é Corinthians pra cima não é brincadeira
O jogo é bom é clássico, estádio lotado
Ouvi uma bomba e a PM já colou do lado
Foi lá no Tobogã, é a torcida da Mancha
Mas é claro os manos, apaziguaram a demanda
Maluco vai no estádio só pra aparecer
Mal sabe ele que a PM tá doida pra encher
A cara dele de porrada, borrachada
Enquanto isso os politícos dando risada
Da nossa cara, não temos nenhum lazer
O futebol é muito pouco pra preencher
Lá vai mais um otário invadir o gramado
O Tàtico tirou ele, e saiu sendo espancado
A Gaviões começa a provocar a Mancha
A Mancha responde, e o estádio inflama
Lá fora, vou sair fora, nem quero ver
Eu sei que daqui a pouco o pau vai comer
O narrador gritou gol, a torcida vibrou
O Palmeiras empatou, a Gaviões chingou
Eu conheço isso aqui tim tim, por tim tim
Estopim, camisa 12, Pavilhão tá aqui
Gaviões, Coringão chopp estão presente
Rivalidade é uma coisa, por isso entende
Mancha verde, Savóia, Tup é Palmeiras
Veja só como é lindo, tudo sem treta
Mas não é assim que as coisas acontecem
O pau quebra, madeira inverga, virou guerra
Briga de torcida, pra polícia é presente
Não tem massagem, ninguém é inocente
Pode ser velho, mulher ou até criança
Porrada come, tiro dos home, morreu a esperança
Se alguém for ferido ou morto, fica no morno
Não tem indenização, muito menos socorro
O problema nem sempre é a polícia
Provocação, é o estopim entre as torcidas

Refrão

Futebol, sem briga, discussão,
Fato realista também é do povão
Cultura e lazer pra periferia
Fato Realista torce pela justiça

breve terceira parte

25.5.09

Briga de torcidas, por causa de time de futebol? no Fato Realista não!

Além de escritor, poeta, Rapper, ser viciado em literatura, e ser viciado em cultura, também gosto de futebol, não com a mesma proporção de antigamente, pois o Futebol de hoje em dia é só dinheiro. Mas como existe a rivalidade entre torcidas, que as vezes resulta em brigas imbecis, resolvi compor uma letra de RAP propondo o fim dessas brigas inúteis. E como eu sou Corinthiano e o Welton é Pameirense, a letra é sobre essa rivalidade. Essa é só a primeira parte da música.

Timão x Verdão

O juiz nem apitou, o jogo da vida começou
E não adianta chorar, vamos pra cima morou
Independente de tudo, e todo jogo é duro
Cada etapa uma fase, e cada fase um futuro
O bom da vida é a paz, ignorancia é a guerra
Fazer o que jão, Guerreiro bom não se entrega
Hoje é dia de clássico lá no pacaembu
Vou sair daqui a pouco, vamos quebrar o tabu
Já faz um tempo, que eu quero ver esse jogo
Mas to ligado mano, ir de camisa é osso
Decidi ir de camisa, vários manos vão gritar
Hoje é dia de clássico, segura coração
Eu quero ver gol de placa do meu timão
Hoje é dia de jogo, não entre numa fria
Não seja alvo facil do choque da polícia
Pois eles estarão lá, para intimidar
E a qualquer tumulto, porrada vão te dar
Olham com cara feia, não adianta reclamar
Sua cara é entrar, junto com os mano e pá
Arquibancada é povão, cadeira não colo não
Se for pra ver sentado, assisto em casa então
Vou torcer pela paz, juntos iremos rapaz
Corinthians e Palmeiras o jogo da paz

24.5.09

RAP NACIONAL

PROVÉRBIOS X, REALIDADE CRUEL E INQUÉRITO



REALIDADE CRUEL CAMBURÃO NEGREIRO DVD 100% FAVELA FAVELA GODOY



NEGRO DRAMA RACIONAIS MCS



SABOTAGE UM BOM LUGAR



A Família Castelo de Madeira

23.5.09

Não aponta o dedo

Não aponta o dedo

Por Renato Vital

Madrugada fria, e não tem desculpa, não tem choro, não tem pela amor de Deus, ou levanta pra trabalhar ou vai se ver com o patrão. O patrão também acorda cedo, se ele que é patrão levantou cedo, você não pode fazer diferente. O trabalhador não tem escolha, o patrão as vezes também não tem escolha, o presidente muitas vezes não tem escolha, e quem escolhe então?
O patrão acorda cedo, por quê sabe que tem pagar os funcionários, ele sabe que tem pagar imposto, ele sabe que se não pagar as contas os agiotas, vão ligar pra ele, o patrão sabe que precisa vender, o patrão as vezes não queria, mas é obrigado a pagar pouco, por que é pouco que lhe sobra, mas muitas vezes o patrão também fica com a parte mais gorda do lucro.
O empregado sai de casa todo dia, rumo ao trabalho, seu descanso é temporário, o tempo menor, talvez o sábado e domingo, ou só o domingo, ou uma folga por semana, ou cinco folgas por mês. Hora extra quase não existe mais, é só banco de horas, tudo controlado pelo sindicato.
O patrão chega em casa e liga a televisão, o empregado chega em casa e liga a televisão, um assiste futebol, o outro também, o empregado pega sua camisa pirada do time do coração, o patrão pega sua camisa do time do coração é oficial, mas comprou na promoção.
Ninguém aponta o dedo pra ninguém, no mundo social assim é melhor, na sociedade em que vivemos nada se pode apontar, nem o lápis que o menino não quer usar, o futebol é mais atraente que a prova de matemática.
Na televisão algumas pessoas são apontadas como culpadas, temos obras super faturadas, temos big luxo, casas na praia, a propaganda de turismo pro empregado soou como piada, enquanto a mulher do patrão fez uma indaga, interrogou o esposo:

Pra que praia vamos no próximo recesso?

O patrão pensa sozinho, "não vou pra praia, se julho for lucrativo". A patroa adivinhando o pensamento do patrão solta uma exclamação: " pensando em trabalhar nas férias de novo, não cansa não é". O patrão tenta dizer alguma coisa, mas é novamente abduzido pela propaganda que mostra cerveja e praia.
Quem abre livro pra ler no país do carnaval? O patrão se preocupa com o lucro, o empregado com o salário no final do mês, e o livro fica dando sopa pra quem?
Algum estudante quer saber de Dante, enquanto mal sabe da sua origem.
Os livros vão empoerando em alguma estante, empregaram o espanador e o aspirador de pó e só, ou será que eles um dia vão ser percorridos, com suas páginas já amareladas, mas que trazem palavras claras e precisas sobre o mundo que vivemos!

Deixa pra lá, se alguém apontar o dedo, dedos seram apontados, mas o que a gente sabe, é que o lucro virá novamente e as contas também, e o empregado ficara com o quê, não sei lhe dizer!

22.5.09

O barato é loko por Alessandro Buzo

Texto de mil grau, feito pelo Alessandro Buzo, note o poder e abuso da corporação policial. Mais sobre acesse: www.suburbanoconvicto.blogger.com.br


O barato é loko por Alessandro Buzo


Mais um Buzão de mil grau na Comunidade Nelson Cruz.

Radiotron

Muitos talentos...........


Ontem (quinta, 21/05/2009), estivemos na Comunidade Nelson Cruz, que fica ao lado de onde funcionava a Febem Tatuapé.
Como em muitas favelas do país, o problema ali é a Polícia, que deveria trazer segurança e traz despreparo e abuso de poder.
Logo que entramos na quebrada, vimos sair viaturas de todos os lados, eram 4 depois venho mais uma.
Pagaram de enquadrar o som ligado, onde iriamos gravar, mas o Dudu do Radiotron, disse que eles conhecem o trabalho que ele faz.
Ficaram ali de arma na mão, olhando pra todo mundo, eu só esperando eles mandarem eu encostar, mas de repente foram pra dentro do "Parque da Juventude", por parque pensamos coisas boas, mas ali não existe parque, é só mato e descaso. O governador foi lá com imprensa e inaugurou o parque.......mas o que tem lá são as antigas instalações da Febem abandonadas, lixo, mato e policia. Como pode ali ser um parque se quando a policia entra é mandando deitar no chão pra abordar.
Na comunidade não é diferente, nos disseram que quando a civil entra o coro come, vão agredindo e mandando trabalhador deitar no chão.
Mas vamos falar de coisa boa.....................
Começamos gravar o bonito trabalho de dança que o Dudu promove com crianças e jovens da comunidade.
Muito bonito mesmo, até porque como todo quebrada, os moleques ficam muito proximos de coisas ruins e para estar no projeto tem que estar bom na escola primeiro, uma menininha, pequenininha.........cantou um rap bem loko com sua voz de criança.
A Polícia saiu do "parque", tudo ali é de mentira, o parque não existe, a atuação da PM deveria não existir (pelo menos daquela forma), de novo pararam as viaturas na frente de todos e do som, sairam de arma em punho, dois PMs correram pra dentro de um beco, voltaram dizendo: - Correu, estava de camiseta verde.
Ninguém ali tinha corrido, pura encenação, claro que gravamos. Na saida deles, quase atropelam meu câmera.
Seguimos nosso trabalho, mais dança e depois um rolê no parque que não existe. Uma vaia pros nossos governantes quando chegamos onde deveria existir um teatro, mas são só ruinas. Enquanto 60 crianças, fora os jovens, ensaiam dois espetáculos na rua (como vimos), em meio aos carros e as viaturas.
Uma vergonha como pobre é tratado pela sociedade e pelo governo.
Se a favela não estivesse ali, com certeza o parque existiria, para moradores do Belém, Tatuapé utilizar, mas ali seria pra favela e pra favela..................polícia.
Fomos embora com a imagens de jovens e crianças guerreiros, que sorriem em meio ao Kaos e com a certeza que muito precisa ser feito, porque justiça social passa longe de nossas favelas.
Esse quadro vai pro ar no dia 22 de agosto de 2009 (19h)

Alessandro Buzo
apresentador do Buzão e favelado nato.
alessandrobuzo@terra.com.br
buzao@tvcultura.com.br

20.5.09

V de Vingança 2º parte do texto Conde drácula no gueto

V de Vingança (subtítulo) 2ª Parte do texto Conde Drácula no Gueto.

Autores *Conde Renato Vital e *Conde Robson Canto.

- Então Vital, qual é o plano?
- O Drácula fez um túnel embaixo do palácio dos Bandeirantes.
- E aí?
- Aí nóis coloca os explosivos embaixo do castelo do vampiro paulista!
- Pode crer!
- Depois já era!
- Será que não vai sujar, Vital? Tô meio cabreiro!
- Tá com medo caraí! Pra quem já foi no clássico Palmeiras e Corinthians. Tá cabreiro com uma fitinha dessas.
- Não é medo! É que se os caras descobrir que foi nóis, eles vão mandar a gente lá pra Transilvânia.
- E daí? Você não gosta de carne vermelha pingando sangue!
- Gosto muito! Mas eu não sei se lá na Transilvânia, tem sarau igual o da Cooperifa!
- Aí, cê tá querendo demais né jão? Igual da Cooperifa só em outra vida!
- É quente Vital! Eu topo! Vamos fazer igual o V de Vingança no prédio do parlamento inglês! Você assistiu?
- Não, bem que você podia me emprestar!
- Eu tenho dois, te dou um!
- Por que você comprou dois?
- Comprei não, roubei do Carrefour! Tava tão fácinho!
- Cê é foda, héin vagabundo?

*Conde: chefe de quadrilhas de ciganos.

19.5.09

Conde drácula no gueto ( a dança dos vampiros)

Ontem estava eu e a Josélia, assistindo um filme antigo pra cacete, O dança dos vampiros, com a participação do conde drácula é claro, apesar de ser hooliwoodeano, o filme me mostrou algo interessante, na maioria dos clássicos, os escritores sempre arrumam um jeito de fazer uma apologia literária. No filme de ontem por exemplo o velhinho escritor que crê em vampiros acompanhado de seu ajudante, invadem o castelo do conde, quando são pegos, são encaminhados a presença do conde. O conde os encaminham até a biblioteca onde comenta, que leu o livro do velhinho escritor, e que leu todos os livros ali da biblioteca.
Bom, apesar de tudo isso, me deu a idéia de escrever um texto cômico, mas sério sobre os vampiros do gueto. Leiam abaixo:

A dança dos vampiros do gueto

Era uma noite escura ( na verdade estava de dia) , ia eu caminhando por um morro distante, cercado por alguns barracos. Quando finalmente cheguei no local combinado, bati na porta, ele me atendeu com uma cara assustadora ( tinha acabado de acordar), me interrogou:

- O que você quer?
respondi:
-Ué não é aqui a biblioteca Luis Mendes.
- Sim, me acompanhe.
Entrei e ele novamente me perguntou:
- O que realmente você procura pra ler?

Algo que fale sobre vampiros, fiquei sabendo que são em lugares como este, que eles mais agem, favelas, morros e periferias.

- hahahahahah, claro, claro, você está certo, são em lugares como esse que eles agem, olhe acho que isso aqui deve servir.
- Política no Brasil, eureca, é isso mesmo que estava precisando, vejo que aqui você tem um enorme acervo falando sobre eles.
- Sim meu caro, ou você acha que eu ia pegar busão lotado todo dia, ser enquadrado direto pela polícia, ir num hospital fudido e não ser atendido, e me esquecer deles, é claro que não, eles estão por toda parte.
-Entendi meu caro, vou ficar com esse livro pra saber mais sobre eles.
- Sim mais tome cuidado, eles estão por toda parte.

Entrei no ônibus e fui lendo sobre eles, presidentes, prefeitos, vereadores e senadores, é assim que eles se disfarçam, com suas capas de mediocridade e opressão, e seus dentes afiados, prontos pra sugar o sangue do povo, transformando o povo em andróides, fantoches programados pra não reclamar, e se contentar com a situação em que o país está.
Tive a idéia de ligar pra biblioteca e convidar o rapaz que me atendeu pra ir comigo, no lugar onde os vampiros se encastelam.

- Alô, por favor o Canto está?
- Não, ele saiu com o cunhado dele, quem está falando?
- É o Vital....
- Oi Vital tudo bem, é a Neide, pode ligar mais tarde.
- Sim é claro.-
- Tchau Vital.
- Tchau Neide.

Provavelmente o Canto tá no bar bebendo uma gelada, mais tarde ligo pra ele.

Ali estava eu, parado esperando o Canto chegar. Os guardas cinzas do castelo já olhavam desconfiados pra mim, vários escuros saíam de lá dentro, com suas placas escuras como a mente da elite.

- Porra mano demorou.
- Tive que levar um documento longe pra cacete, mas eai, já bolou o plano?
- Sim claro.
- Então vamos lá.

Entramos no local, parecia um palacete, mas na verdade era um enorme banquete, banquete de carnes mortas, expostas em cada andar, pra quem quiser entrar e ver. E na verdade todos podem entrar, mas não sabem ou não querem se sujeitar. Um guarda de cinza perguntou aonde íamos, mas nem demos importância e entramos no elevador.
Ouvimos uma reunião acontecendo no segundo andar, o ponto crucial do plano, íriamos entrar no plenário e atirar sobre eles uma metralhadora de palavras, não era bala de prata, nem alho, cruz ou estaca, mas fere mais do que bala.
Alguém abriu a porta do plenário, eles discutiam sobre os salários dos delegados.
Quando gritamos pergutando aonde estava o conde drácula, alguém disse:

Sentimos lhe informar, mas o palácios dos bandeirantes fica em outro lugar!

Renato Vital é poeta e escritor.

18.5.09

GOG no tv câmara


Estava em casa ontem, assistindo a minha tv-a-gato, quando passando os canais vejo o rapper GOG no programa camara ligada, discutindo o tema Religião e estado Laico, ou seja aberto a todas as crenças e religiões. Junto dele estavam também, algumas personalidades, como monge Sato, o dep Mannato e o antropológo Roberto Bezerril. O programa foi apresentado por Evellin. Veja texto na íntegra de Clara Vieira.




A periferia chega no Câmara


"É dia a dia, é dia a dia da periferia.E todo mundo dizendo: 'Ohhhhhh', 'Liberdade', 'Igualdade' e 'Paz na perifeira'."


Genival Oliveira Gonçalves, o GOG e a banda MPB Black cantando e todo mundo levanta pra bater palma e cantar junto. O estúdio que tava uma geladeira, agora ta pegando fogo. A Evelin deu um alô pra galera. E tudo vibra com os acordes e as batidas no prato pelo baterista. A banda é grande, nove componentes tirando o resto da equipe. E "huuuuuu", todo mundo bate palma. E GOG pergunta quem é da periferia e os alunos de Santa Maria representam a cidade.GOG acabou de lançar o DVD, Cartão Postão Bomba! que foi assistido por milhares de pessoas na internet, também ganhou como o melhor DVD de rap com a música: "Brasil com P", que teve a participação da Maria Rita. Principalmente quem é aqui de Brasília precisa saber o que os artistas de rapper aqui de Brasília estão fazendo e, hoje, GOG é o maior representante daqui da cidade.GOG diz que não faz um show e sim uma celebração. Porque você é respeitado, deixa saudade e olha no olho das pessoas. Tudo haver com o nosso tema hoje. Alisson, um participante do platéia, pergunta sobre como GOG ajuda os menores grupos da periferia, e o cantor conta como ajuda , afinal, uma andorinha só, não faz verão. Ele não acredita na revolução de um homem só, precisa de ajuda. E GOG canta a música da nossa Ponte JK. Com Uma boa crítica política que precisa ser pensada, afinal, nós, a juventude que escolhemos os políticos que construirão as nossas pontes.GOG finaliza: Cada coração presente não pode estar ausente.Dá-lhe GOG!

16.5.09

Ensaio na biblioteca Exôdus quinta feira

Quinta-feira eu e o Welton ( GRUPO FATO REALISTA) atravessamos a zona sul de São Paulo, pra ir ensaiar na Biblioteca Exôdus. Vários grupos passaram por lá RDG do mano Big, Negredo que faz um trabalho lá com a molecada o dj do Tref o Odair entre outros manos e minas. Veja algumas fotos abaixo:


Dj do TREF Odair
Mc rimando, ao fundo Wilsão Negredo
Mc Wilsão Negredo " Preto Problema "
A molecada rimando
Dj Alê Negredo, esse mano é firmão, é o presidente da Associação Periferia Ativa

15.5.09

RAP a bomba homicida

RAP a bomba homicida



Não é mais do que você imaginava

Mas é mais do que você suporta

No máximo um concerto em Londres

Pra curar sua depressão e sua história



Queria ser feliz na megalópole

Mas o máximo que conseguiu

Foi uma Cherokee e um export

E um relógio suiço modelo sport



Não entende as rimas

Diz que é música pra maloqueiro

Investe seu dinheiro nos clássicos

Enquanto o estopim eclodi no mundo inteiro



Torce pro show terminar em briga

Mas as vezes não tem tanta sorte

Corre pra desligar o rádio

Se o som for mais forte



Imagina que é oriundo da américa do norte

Mas começou na ilha de BOB

Tenta difamar, vai pro show de rock

Gasta sete dezenas no ingresso pop



Ouviu Marcelo d2, deu o cd pro filho

Impediu que a bomba atômica atravessasse o vidro

Impediu que os tímpanos fossem invadidos

Impediu que seu filho ouvisse o som de bandido



Taxação não paga minhas contas

Por isso não me engano

Você me aponta como problema

Mas sonega imposto e não vai em cana



Sua lama, seus defeitos

Não fui eu que criei

Sou apenas o fruto da desordem

Acendo uma vela e digo amém



Seu filho também acende uma vela

No beco de alguma favela

Você não sabe, mas se perdeu

No encanto da burguesia bela



O meu RAP é homicida

Veio para matar

Alienação, ostentação,

Que sua classe empurrou pra ca



Não interessa seu relato

Cale a boca, nem vem com desabafo

O seu bafo é fedorento

Identico ao de um ralo



Você tem plano de saúde

Tem mercado, farmácia,

Mas sinto lhe informar

Muitas vezes lhe faltou vergonha na cara



Não sou moralista como você

Não sou tão capitalista como imagina

Sua privada está entupida

O cérebro consumista é a bosta corrompida



Se liga acabou a pilha

Tudo ainda é seu, mas imagina

Você não pode mais nos deter

Com sua fórmula idealista.



Renato Vital Poeta, escritor e Rapper.

13.5.09

Onde acontece a revolução

Este homem carregava nas mãos
Dois livros, de um poeta
Quase morto, pela mediocridade
E a ansiedade pela morte das pessoas

O poeta não estava morto
Mas era invisivel
As pessoas passavam
E dele nem notavam

A menina parava na esquina
O moleque parava no campo
O senhor parava no boteco
E o poeta sentava no banco

As pessoas imortais estavam enterradas
Enquanto as que viviam mortas em pé
Se deliciavam vendo programas de merda
E consumindo os comerciais de televisão

O poeta não esperava soltava uma piada
Ninguém que recebe um salário desse
Tem um carro daquele
Mas fuma seu cigarro todo dia

A senhora não se alimentava bem
Mas pagava pra souza cruz
Sua passagem para o além
E seus filhos sustentavam o tráfico

O poeta procurou nas suas poesias
Aonde começar a procurar a revolução
Nas páginas de morte da vida
Não via a salvação

Milhões de zumbis caminhando
Pra qualquer lugar, pra qualquer objetivo fútil
Quem define a vida daquelas pessoas
È a caixa de mentiras

O poeta para e pensa
Não quer mais outra solução
A verdadeira revolução está no nosso coração
Na nossa atitude em não viver em vão.
Renato Vital

11.5.09

HQ A noiva de Thock

Vocês já podem conferir a mais nova HQ A noiva de Thock, elaborada pelo Fábio Torres e pelo irmão Mandrake do site RAP NACIONAL www.rapnacional.com.br . Esta HQ conta a história de volta dada por cima, da nossa guerreira Dina Dee.
Cliquem na imagem abaixo:

Do livro "segredo no céu da boca" Aquela Criança

Aquela Criança Por Renato Vital

Aquela Criança, nasceu numa casa bem humilde, que se encontra num morro bastante distante da modernidade.
Aquela Criança mora com o pai e a mãe, no qual trabalham com todas as dificuldades do dia a dia, pra sustentar a casa.
Aquela criança foi crescendo em meio as dificuldades,
Sob os percalços da insanidade do homem.
Aquela criança só queria que um milagre acontece-se;
Aquela criança ainda se perguntava;
Aonde morava a esperança.
Pois na sua vida só via muralhas e desgosto!
Aquela criança não entendia por que não tinha brinquedo,
Se não televisão eles estavam sempre lá.
Aquela criança via sua mãe voltar do emprego,
Cansada, pouco tempo tinha pra olhar pra sua cara.
Seu pai quando não bebia, fazia parte do plano.
Mãos e pés inchados de tanto inchar na enxada.
Profissão pedreiro.
Aquela criança era umas das poucas que pegava nos livros para ler.
Um dia recebeu da professora um livro muito bonito.
Tinha uma capa colorida e a história de um menino que nasceu numa manjedoura.
Aquela criança percebeu que o maior homem do mundo,
Era pobre que nem ela.
Mas ficou com medo, pois um rei tentou matar o menino rei dos reis.
Aquela criança se lembrou do que assistiu ontem na televisão:
“ Ainda é grande o número de crianças, que morrem antes do dois anos de idade.”
Aquela criança percebeu que o dono do poder.
Não gostava das crianças pobres!
Pois as faziam morrer de fome.
Aquela criança andava pelas ruas,
E certo dia encontrou um colega de 12 anos.
Com um brinquedo na mão, muito alertado por seus pais, pra que ele mantivesse a distância.
Perguntou o que ele fazia com aquilo,
Ele lhe respondeu: “ Estou me protegendo do mundo”.
E que havia decidido arrancar as coisas à força, das quais nunca teve.
Aquela criança chegou em casa pensativa,
E perguntou pra sua mãe:
Por que o homem procura a paz, matando outro homem?
È pra ser rico, ter casa bonita e uma ilha?
E enquanto isso muitas crianças morrerem de fome?
Sua mãe já não segurando as lágrimas,
Começou a lhe explicar que o mundo era assim mesmo,
Que muitos eram pobres e desfavorecidos,
Enquanto a minoria era rica e poderosa.
E aquela criança ainda perguntou:
Que nem aquela mulher que aparece na novela, que a senhora assiste?
Já triste e sem graça, sua mãe apenas balançou a cabeça.
Aquela criança foi dormir, dormir com deus, dormir com os anjos.
Como sua mãe sempre falava,
“Dorme com os anjos”
De que cor seriam os anjos, brancos, amarelos, azuis, com esse pensamento adormeceu,
No outro dia acordou com um susto, seu pai a olhava com ternura e carinho,
Algo incomum e difícil.
Pois seu pai vivia bêbado, quando não estava trabalhando,
Seu pai falou que teve um sonho.
E que nele os dois brincavam, de cirandar, e no sonho percebeu o quanto à amava,
Deu-lhe um abraço, um bom dia e arrancou um punhado de balas do bolso.
Entregou as balas sorrindo e saiu pra trabalhar,
Aquela criança fechou os olhos e agradeceu a Deus,
O presente que à tanto tempo pedia, havia conseguido.
Certo dia indo pra escola, um policial a parou, e falou:
“Deixa-me eu ver o que tem ai dentro dessa mochila”
Sem entender muito bem, logo ela abriu e mostrou o que havia dentro.
Um caderno, um estojo, uma régua e um livro.
O polícia falou que ela podia ir.
Aquela criança contou pra professora o ocorrido, e a professora se lembrou do que estava acontecendo na escola, alguns alunos estavam levando drogas dentro da mochila, pra passar pros colegas.
Mas sem reação a professora apenas respondeu que não podia fazer nada, e que tivesse calma nessas situações.
Aquela criança, andando perto do córrego que fica próximo de sua casa, pensava quanto tempo ainda tinha pra percorrer, o caminho da infância, mais tinha medo que aquele caminho fosse dar na vida adulta, de adultos correndo contra o tempo, seguindo sempre o mesmo caminho, sempre chegando atrasado, nas alegrias da vida, alegrias aquela mais simples, dar um beijo ou um abraço nos filhos e curtir a família, alegria essa, que nesse século, nesse milênio está acabando.
Quando faltava pouco pra chegar em casa, aquela criança ouviu:
Olha o sorvete cremoso!
E saiu correndo pra comprar, o de manga que era o seu preferido
Ao ver tamanha euforia, o sorveteiro sorriu e perguntou o porquê de tamanha felicidade,
Aquela criança apenas sorriu, agradeceu e saiu andando saboreando seu sorvete cremoso.
Mais tarde foi jogar bola com os amigos do bairro, correr, empinar pipa, mas logo teve que correr, pois começou um tiroteio entre a polícia e os bandidos, uma bala quase atingiu um de seus colegas.
Em casa já mais calma, aquela criança, percebeu que tudo jogava contra sua infância, a televisão, a política, o governo e a polícia.

Aquela criança ainda está por ai, em todos os guetos pelo Brasil.
A árvore não cresce sem a raiz.
A fruta não vira fruto sem a semente, sem água, sem sol, sem luz.
O leito do rio virá rio, e só depois deságua no mar.
A arma só mata, se tiver balas.

Então por que não olhar para “Aquela criança”
Incentive, alimente os sonhos, regue a planta, cuide das sementes, pra nos amanhã termos frutas e frutos dessa imensa árvore chamada Brasil.

Adquira o livro que contém esse texto e muito mais mandando um email para renatovital2@yahoo.com.br

9.5.09

Concurso literário de Suzano


Participe! abraços irmão Sacolinha

8.5.09

Voltando do Guarujá

Quarta-feira não pude ir pra Cooperifa, por que tive que resolver algumas coisas importantes, aqui em São Paulo mesmo. Dessa forma na quinta-feira, fui para o Guarujá com a Josélia, curtir um pouco a folga, não sou playboy, mas também trabalhei o ano todo, pra conseguir minhas férias, então nada mais justo do que eu ir curtir um pouco. Chegamos bem cedo, ela teve que resolver algumas coisas particulares, enquanto isso eu e meu trutinha Jessé ( o sobrinho dela) fomos pra praia da Enseada curtir um pouco, as ondas do mar, que batiam suavemente na praia ( a àgua tava gelada pra caramba). Dei um rolé também na periferia do Guarujá, onde alguns parentes da Josélia moram, e sempre confirmo o que eu já sei, " periferia é periferia em qualquer lugar". Logo na manhã de sexta, acordamos cedo pra voltar, e na volta resolvi bater algumas fotos que misturam história e flora Brasileira, vale a pena dar uma olha.


A humanidade em meio a natureza
Mata atlântica ( ou o que sobrou dela)
serração litorânea
Bela foto em meio a serração
Estrada

Exportação Brasileira ( Guarujá)
Trânsito

trem antigão

7.5.09

Divulgando o RAP NACIONAL

Gostaria de mandar um toque a todos os grupos de RAP, apartir de hoje mande o release, foto, músicas e myspace, que iremos divulgar os grupos de RAP aqui no blog.


Basta mandar para renatovital2@yahoo.com.br que divulgarei seu grupo no blog.


E se você tiver um evento que precisa ser divulgado, mande pra ca também, que eu divulgo no blog.


E pra começar conheça o meu grupo, o FATO REALISTA!


FATO REALISTA


Renato Vital, Welton e Marcos Vital


O grupo de RAP Fato Realista do Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo, foi criado após conversa entre os colegas Welton, Renato Vital e Valderes, na intenção de fazer algo que cultural, numa comunidade desproveniente de recursos e infra estrutura pro lazer e a cultura, contando em suas letras um pouco do sofrimento da comunidade onde moram e também assuntos sociais em geral.

Um fato curioso é que os três passaram pela mesma Associação que fornece cursos profissionalizantes para os jovens no bairro. Devido a tamanha identidade dos três, olhando o RAP da mesma forma, e também com as mesmas idéias, resolveram que o nome do grupo seria Fato Realista, como o próprio nome diz devido à intenção de o grupo é levar a realidade pra todos aqueles que queiram ouvir a realidade de uma forma sincera. Hoje contam com várias composições algumas delas são: Rio de sangue, Crueldade, Sistema cruel, Contraste Qual é a solução, Esta é a solução, que prometem ser bastante discutidas, por quem ouvi-lás e tentar compreende-lás. Assim o grupo busca todos os espaços que puder, pra levar a sua música, a sua cultura Hip-Hop pra todos de forma real e transparente, e também de umas forma que possa despertar a consciência de cidadania nas pessoas, e também de uma forma que possa despertar à juventude ativa nos jovens. O grupo participou de dois dvds educacionais, da oficina leituras de mundo, coordenada pelas professoras Mônica e Maria da Associação Comunitária Despertar. E um com a música Contraste, e no outro com a música Qual é a solução. O grupo já se apresentou em alguns bairros periféricos, buscando divulgar seu trabalho de forma consciente. Também planejam gravar uma demo disc em breve. Atualmente o grupo é composto por Renato Vital, Marcos Vital e Welton.


MC VITAL: È escritor, poeta e colunista do site RAP NACIONAL http://www.rapnacional.com.br/, do site http://www.mundodarua.com.br/ tem e mantém um blog atualizado na internet www.renatovital.blogspot.com, onde posta seus trabalhos, shows, eventos culturais e literários, e notícias do HIP-HOP. Trabalha em Supermercado atualmente, escreve um livro de poesias e foi ganhador do prêmio Cooperifa em 2007 e 2008.


MANO WELTON: É mc do grupo Fato Realista, participou de projeto musical na Associação onde fez curso profissionalizante e atualmente também estuda.


Marcos Vital: Já participou de concurso musical, é backing vocal do grupo e atualmente trabalha em supermercado.



6.5.09

Luis Gonzaga o mestre cronologia desde os primordios




Cronologia


Em Novembro de 2006, foi lançada a Biografia Gonzaguinha e Gonzagão, de autoria da Jornalista Regina Echeverria. Desde já, indicamos a todos essa grande obra. Em breve informaremos as novidades.
Abaixo, cronologia do Rei do Baião, resultado do um trabalho esplêndido do amigo Uélinton Mendes da Silva


1709
Vindo de Portugal, Leonel Alencar chega na região do Exu. Confraternizando com a tribo de índios que vivia ali, os Açus, cuja corruptela do nome daria Axu e logo depois Exu, Leonel Alencar, acompanhado de 3 irmãos, fundou a fazenda Várzea Grande. Depois nasceram as fazendas, Caiçara, de Bodocó, de Salgueiro e da Gameleira. Nesta última, situada no pé da serra do Araripe foi fundado posteriormente o povoado de Exu. Hoje chamado de Exu Velho.


1779
O termo de Exu, situado junto a Serra do Araripe, foi confirmado como Freguesia em 14 de Outubro deste ano.


1846
A Freguesia do Exu foi elevada à Povoação em 30 de Maio deste ano, pela Lei 150.


1858
A Povoação do Exu foi confirmada como Vila em 02 de Junho deste ano, pela Lei 442.


1860
Chega na serra do Araripe, Da. Januária, vinda de Missão Velha no Ceará. Acompanhada de sua filha Efigênia, se empregou na fazenda Caiçara. José Moreira Franco de Alencar casou com Efigênia. Da união nasceram quatro filhas, uma delas Ana Batista, conhecida por Santana. Quando completou 15 anos, Santana viu chegar na Fazenda Caiçara, Januário e seu irmão mais velho, Pedro Anselmo, oriundos não se sabe se de Flores ou de Pajeú das Flores, em Pernambuco. Januário foi logo deitando os olhos em Santana.


1863
A sede da então Vila do Exu foi transferida para Granito, por força da Lei 548 de 09 de Abril deste ano. Exu possuía neste último ano um Juiz Municipal, um Tabelionato, três Distritos de Paz, um Subdelegado de Polícia, uma agência de Correios, 27 eleitores, estando subordinada a Comarca de Cabrobó.


1888
Bem no estilo feudal era senhor de braço e cutelo de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, que em 15 de Novembro deste ano foi agraciado pelo Imperador D. Pedro II com o título de Barão de Exu.


1909
Januário José dos santos, vindo dos Quidutes e dos Anselmos. Conhecido tocador de fole de 8 baixos, subiu a encosta da Serra do Araripe com destino à chapada. Mas ficou na Fazenda Caiçara, quase no sopé da Serra, na fazenda do Barão do Exú, bem onde começava o Rio Brígida que ia desembocar no São Francisco.
Ana Batista de Jesus, ou simplesmente Santana. Era uma cabocla bonita, e deixava muito olhar na esteira do seu caminho, sedentos daqueles olhos bonitos , daquele gingado de marrã bravia. Daí o cuidado de Efigênia, sua mãe, conhecida por por Figênia.
Espantava os mais afoitos, animava os de melhor qualidade. E Januário caíra nas suas graças. E na Igreja de Exú, em Setembro de 1909, o casamento foi feito, sem arranjo, sem arrumação e principalmente sem samba.Claro: o único tocador de forró da região era o noivo...E numa casucha construída com os amigos, Januário lá se foi morar com Santana, morena formosa e de olhos estranhamente verdes, que endoidavam os cabras. E Januário tinha pressa, não ia perder tempo depois dos sacramentos..." Fez cum ela o sanfoneiro Um casamento feliz E dos nove qui nascêro Um desses nove é Luiz..."


1912
No dia 13 de Dezembro, uma sexta-feira, nasce, na fazenda Caiçara, terras do barão de Exu, o segundo de nove filhos do casal Januário José dos Santos e Ana Batista de Jesus, que na pia batismal da matriz de Exu recebe o nome de Luiz (por ser o dia de Santa Luzia) Gonzaga (por sugestão do vigário) Nascimento (por ter nascido em dezembro, também mês de nascimento de Jesus Cristo.


1915
Nasce no dia 05 de Janeiro, Humberto Cavalcanti Teixeira


1920
Luiz Gonzaga, com apenas 8 (oito) anos de idade substitui um sanfoneiro em festa tradicional na fazenda Caiçara, no Araripe, Exu, a pedido de amigos do pai; canta e toca a noite inteira e, pela primeira vez, recebe o que hoje se chamaria cachê; o dinheiro - 20$000 - "amolece" o espírito da mãe, que não o queria sanfoneiro. A partir daí, os convites para animar festas - ou sambas, como se dizia na época -, tornam-se freqüentes. Antes mesmo de completar 16 anos, "Luiz de Januário", "Lula"ou Luiz Gonzaga já é nome conhecido no Araripe e em toda a redondeza, como Canoa Brava, Viração, Bodocó e Rancharia.


1921
Em Carnaíba das Flores, município Pernambucano do sertão do Alto Pajeú, nasce em 27 de Fevereiro José de Souza Dantas Filho, que viria a ser um dos mais importantes parceiros na obra de Luiz Gonzaga.


1924
Houve uma grande cheia e o rio Brígida subiu de nível, inundando os arredores. A casa de Januário foi atingida, encheu de água, obrigando a família a se mudar. Foram morar no povoado Araripe, na Fazenda Várzea Grande.
A pedido do coronel Manoel Aires de Alencar, chefe político local, Luiz, já um caboclo taludo, vai com este a Ouricuri para tomar conta de cavalo, onde vê um fole Kock de oito baixos, marca Veado, pelo qual fica louco e passa a amolar o coronel por causa dele. No mês seguinte, repetindo a viagem, o político concorda em pagar a metade dos 12o mil réis do fole, desde que Luiz arque com o resto, o que fez sem muita dificuldade, pois a essa altura já estava ganhando tanto ou mais que o pai, para tocar.


1926
Início real de sua vida artística, quando tocou seu primeiro "samba"ganhando dinheiro. Começou também a estudar no grupo de escoteiros de um sargento da polícia do Rio de Janeiro chamado Aprígio. Seu amigo Gilberto Aires, filho do Cel. Aires, o convenceu a mudar-se para a cidade, deixando o Araripe. Hospedaram-se na casa de Da. Vitalina e o amigo Gilberto foi seu primeiro empresário.


1928
Apaixona-se pela primeira vez por uma donzela sacudida que apareceu pelas bandas do Araripe. Pensa em noivado mas seus planos vão por água à baixo quando sua mãe descobre a trama, pondo fim na história por não achar que a pretendida juntava condições para ser sua nora.


1929
Em uma festa de véspera de ano novo viu pela primeira vez Nazarena, da família Saraiva.
Apaixona-se, mas, sendo repelido pelo pai desta, o coronel Raimundo Delgado, o ameaça de morte. Avisados pelo próprio Delgado, Januário e Santana aplicam uma surra no rapazote que, revoltado, decide fugir de casa, indo a pé até o Crato onde vende a sua sanfoninha por 80 mil réis.Segue para Fortaleza e voluntariamente alista-se no exército depois de mentir a respeito da sua idade. Primeiro disse que tinha 18 anos mas, avisado que mesmo assim necessitaria da autorização dos pais, apresenta-se como se tivesse 21 anos.


1930
Estoura a revolução de 30 no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba. Ingressa nas fileiras do exército ganhando um soldo de 21 mil réis. O então soldado 122, corneteiro, segue com o vigésimo segundo Batalhão de Caçadores para Souza, PB; ainda em missão, segue para o Pará, Ceará e Piauí, interior do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campo Grande. Ganha fama no exército e um apelido: "Bico de Aço", por ser exímio corneteiro. De passagem por Juiz de Fora, conhece Domingos Ambrósio, que lhe ensina mais alguns truques na sanfona.


1936
Nasce na cidade de Petrolina (PE), filho de Francisco Avelino dos Santos e Laudemira Sales dos Santos, o Padre João Câncio, que mais tarde viria a ser o idealizador da Missa do Vaqueiro e contaria até o fim de suas atividades eclesiástica, em 1981, com o apoio de Luiz Gonzaga.


1939
Deixa o exército ficando provisoriamente na sede do Batalhão de Guardas do Rio de Janeiro, mas, aventureiro, segue para São Paulo; desembarca na Estação da Luz e, nas imediações, compra a sua primeira sanfona branca (todas as suas sanfonas seguintes seriam de cor branca) de 120 baixos. Nesse mesmo ano volta ao Rio de Janeiro, onde faz amizades e, aproveitando o aprimoramento que fizera nos tempos da caserna com o Dominguinhos Ambrósio, que lhe ensinara os segredos do acordeon, inicia a carreira artística, divertindo marinheiros e desocupados em geral no Mangue, lugar também freqüentado por malandros e prostitutas. Explode a segunda Guerra Mundial. O Brasil é literalmente invadido pela música estrangeira, principalmente a Norte Americana.Conhece o violonista Sepetiba. É o ano em que se apresenta pela primeira vez em um palco, no cabaré O Tabu na Rua Mem de Sá.


1940
Conhece o guitarrista português Xavier Pinheiro, Amirton Vallin, na boate Elite e outros artistas que, como ele, disputam à duras penas um lugar ao Sol. Toca todo tipo de música, de Blues a Fox Trotes; imita artistas famosos da época, como Manezinho Araújo, Augusto Calheiros e Antenógenes Silva. Começa a apresentar-se em programas de rádio, como calouro. Suas incursões no programa de calouros de Ary Barroso, interpretando tangos e valsas, lhe garantem, no máximo, uma nota 2,5 quando o total seria nota 5.
Numa das casas noturnas onde tocava no Mangue, é desafiado por um grupo de estudantes nordestinos - entre eles o futuro Ministro da Justiça, Armando Falcão - que exigem que toque algo "lá da terra", coisa que Gonzaga tinha abandonado. Depois de treinar em casa durante semanas apresenta-se diante dos mesmos Universitários tocando "Pé de Serra"e "Vira e Mexe". É aplaudido não só pêlos rapazes como por toda a casa. Volta ao programa de Ary Barroso, onde conquista a nota máxima.


1941
O Estado Novo comemora seu quarto aniversário. Vai ao ar a primeira radionovela brasileira: Em Busca da Felicidade. Num Bar da Lapa, Rio, conhece Januário França, que lhe transmite recado do humorista Genésio Arruda para acompanha-lo numa gravação da RCA Victor, por indicação de Almirante e Ari Barroso. Aceita e dá-se bem. Logo é contratado para gravar um disco solo, por indicação do Diretor Artístico Ernesto Matos. Grava, então, ao invés de um e Vários discos.
Nos anos seguintes grava cerca de 30 discos 78 rpm, muitos choros, valsas e mazurcas, todos em solo pois a Victor insiste em não lhe permitir cantar em seus discos, que até então eram só instrumentais. Inicia na Rádio Clube do Brasil para onde foi levado por Renato Mource, substituindo Antenógenes Silva no programa Alma do Sertão. A firma era na época a Victor.
Também neste ano conheceu César de Alencar na Rádio Clube do Brasil, quando o mesmo era o locutor do programa Alma do sertão sob o comando de Renato Mource. Foi quando apareceu Dino, violonista de sete cordas que tinha a mania de apelidar todo mundo. Ao ver a cara redonda de Luiz Gonzaga Dino imediatamente o chamou de Lua, apelido que Paulo Gracindo e César de Alencar se encarregaram de divulgar.


1942
Começa a fazer sucesso e as emissoras de rádio a se interessar, de fato, pelo novo cartaz.
No mesmo ano nasce em Garanhuns José Domingos de Morais que viria a ser o sanfoneiro Dominguinhos, de quem Luiz Gonzaga se tornou um segundo pai e que o tratava como "pai impostor". Luiz Gonzaga começa a fazer sucesso e as emissoras de rádio a se interessar, de fato, pelo novo cartaz. Enquanto isso, o Brasil declara guerra à Alemanha e seus aliados.


1943
Trazido pelas mãos do radialista Almirante - que também foi responsável pela descoberta de Gonzaga - o sanfoneiro catarinense Pedro Raimundo estréia na Rádio Nacional com suas roupas de gaúcho. Inspirado nêle, Gonzagão passa a se apresentar vestido de nordestino. Nessa época, irritado com a interpretação dada por Manezinho Araújo para a sua "Dezessete e Setecentos", parceria com Miguel Lima, o sanfoneiro passa a canta-la. Chovem cartas pedindo que ele continue cantando e a RCA acaba se convencendo a deixá-lo gravar com sua voz. O disco de estréia seria Dansa Mariquinha, outra parceria com Miguel Lima, e que seria gravado em 1945.


1944
É despedido da Rádio Tamoio e, imediatamente, contratado por Cr$ 1.600,00 pela Rádio Nacional, onde o então radialista Paulo Gracindo divulga seu apelido "Lua", por causa do seu rosto redondo e rosado. Ataulfo Alves e Mário Lago são os destaques do ano na área musical, com Atire a Primeira Pedra.


1945
Consegue então o que desejava. Grava seu primeiro disco tocando e cantando, a mazurca Dansa Mariquinha, parceria com Miguel Lima, primeira gravação com o dito e chama a atenção pelo timbre de voz e desenvoltura no cantar. Nesse mesmo ano, e ainda em parceria com Lima grava outros dois discos interpretando Penerô Xerém e Cortando Pano.
Querendo dar um rumo mais nordestino para suas composições, Gonzagão procura o maestro e compositor Lauro Maia, para que este coloque letras em suas melodias. Maia porém apresenta-lhe o cunhado, o advogado cearense Humberto Cavalcanti Teixeira, com quem Luiz Gonzaga viria a compor vários clássicos.
Os instrumentos usados originariamente ( viola, botijão, pandeiro e rabeca ) foram substituídos por acordeão, triângulo e zabumba.
No dia 22 de setembro, nasce de uma relação com a cantora Odaléia Guedes dos Santos o Seu filho Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior


1946
Inicia sua parceria com Humberto Teixeira, e grava No Meu Pé de Serra. O sucesso é imediato e enorme. Ao mesmo tempo, o seu nome começa a correr o mundo: Europa, EUA, Japão... Além de No Meu Pé de Serra compôs, entre outras, com Teixeira, Baião, Asa Branca, Juazeiro, Légua Tirana, Assum Preto, Paraíba, etc. Os Quatro Ases e Um Coringa estouram com Baião e Luiz está em todas cantando A Moda da Mula Preta, de Raul Torres e com a marchinha carnavalesca Quer Ir Mais Eu, parceria também com Miguel Lima. Entusiasmado com o sucesso Gonzaga resolve voltar à Exú e nasce, em parceria com Humberto, Respeita Januário. A parceria duraria até 1979, quando falece Humberto Teixeira.


1947
Em Março, grava Asa Branca. É sua primeira gravação com o selo RCA Victor. Essa música rapidamente se torna um de seus maiores sucessos, recebendo as mais diferentes interpretações e gravações em vários países como Israel, Itália, EUA. Em Hollywood é cantada no filme Romance Carioca (Nancy Goes To Rio) por Carmen Miranda. Nesse mesmo ano os destaques musicais são, além de Asa Branca, O Pirata da Perna de Pau e Eu Quero é Rosetar, de João de Barros e Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, respectivamente, que por sinal não se tem informações de gravação destas duas músicas por Gonzaga. Também no ano de 1947 aconteceu o primeiro encontro de Luiz Gonzaga com Zé Dantas, em Recife (PE).


1948
Casa-se com a professora pernambucana Helena Neves Cavalcanti. Os dois se conheceram nos bastidores da Rádio Nacional, quando a moça foi procura-lo para saber se tinha recebido as cartas que lhe havia enviado. Luiz alegou que não tinha tempo de responder correspondências. Helena perguntou porque ele não contratava uma secretária para tal serviço. "Pois está contratada ", foi a resposta. E no dia 16 de Junho do mesmo ano casaram-se. E adotaram uma menina que foi batizada com o nome Rosa do Nascimento, a Rosinha.


1949
Devido a popularidade alcançada, Humberto Teixeira decide candidatar-se à Deputado, diminuindo muito seu trabalho junto ao Rei. Luiz Gonzaga conhece então em Recife o médico pernambucano José de Souza Dantas. Mais tarde Gonzaga diria que este era mais adequado para parceiro que o advogado, pois embora fosse nordestino Humberto Teixeira não saía de Copacabana, não sabia nem mesmo chegar na casa de Gonzaga na zona Norte. O Zé Dantas não, era homem do campo. "Eu sentia até o cheiro de bode nele", dizia Gonzaga. No dia 27 de outubro grava o baião Vem Morena em parceria com Zé Dantas e o forró Forró de Mané Vito. Neste msmo ano faz sua primeira gravação de Baião, fruto de sua parceria com Humberto Teixeira. A parceria com Zé Dantas terminaria com a morte deste em 1962 no Rio.


1950
Ganha, depois de uma apresentação em São Paulo o título de Rei do Baião.Grava a toada Assum Preto e os Baiões Qui Nem Jiló e Paraíba. Está no auge da carreira. Paraíba é gravada pela cantora japonesa Keiko Ikuta, versão de Kikuo Furuno, em disco RCA J-55006-A. No lado B, foi gravada Baião de Dois.Emilinha Borba também grava Paraíba, e é o ano da inauguração da primeira emissora de televisão da América Latina, a PRF-3, Tv Tupy. Neste mesmo ano regrava o sucesso Vira e Mexe em 78 Rpm.
Nesta mesmo ano desponta como um dos maiores vendedores de disco que se tem notícia na história da MPB.
É o ano em que perde sua mãe, Santana.


1951
Um jornal carioca publica que "Luiz Gonzaga velho e superado, acaba de assinar contrato com uma firma para viajar pelo Brasil". Puro preconceito, pois Gonzaga reinou soberano de 45 a 55, 56. As 17 prensas da RCA Victor trabalhavam exclusivamente para ele.
Neste mesmo ano sofre um desastre de automóvel que comoveu o País, o que motivou a composição Baião da Penha e uma reportagem especial na revista O Cruzeiro.
Em março deste ano encerrou seu contrato com a Rádio Nacional e firmou um novo com a Rádio Mayrink Veiga, mesmo oficialmente vinculado à Rádio Cultura de São Paulo.


1952
Voltando do seu pé de serra Luiz Gonzaga passou por Caruaru onde resolveu fazer um show. Foi mal recebido pelo proprietário do Cinema Caruaru, o Sr. Santino Cursino, sob a alegação de que "o meu cinema, o melhor da cidade não vai servir de palco prá tocador de harmônica ".


1953
Nasce, em parceria com Zé Dantas a pungente Vozes da Seca - este é o ano de uma grande seca no Nordeste. Compõe também, com Hervê Cordovil, A Vida do Viajante, que Gonzaguinha recriaria em 1979 para surpresa de Gonzaga, que nem se lembrava da letra. Esta gravação foi incluída no LP "Gonzaguinha da Vida", 064-4228410-B, Emi-Odeon. Foi neste ano que ao lado de Zé Dantas e Paulo Roberto, participou do programa da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, No Mundo do Baião, vivendo sua fase de ouro até 1954.


1954
Transferiu-se para São Paulo e suas apresentações ficaram cada vez mais restritas à cidades do interior e do ciclo Junino. Seus discos porém continuavam a ser reprensados.
Gonzagão convida Jackson do Pandeiro e sua mulher Almira, para o Rio de Janeiro. Fariam grande sucesso com seus cocos e são considerados o lado urbano da música nordestina, enquanto Gonzaga seria o agreste. É o ano em que Gonzaga conhece Dominguinhos, que tocava ao lado dos irmãos Morais, em um grupo intitulado Os Três Pingüins. Este fato deu-se em Olinda.Já no Sertão Pernambucano, em Serrita, nas Caatingas do sítio Lages, era encontrado morto, no dia 08 do mês de Julho, o vaqueiro Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga, fato que depois viria a originar a Missa do Vaqueiro.


1955
Luiz Gonzaga grava seus primeiros discos compactos de 45 rpm.
Também neste mesmo ano gravou o seu primeiro LP de 10 polegadas, 33 rpm, pela RCA Victor. Uma Compilação dos disco de 78 RPM.


1956
A Lei 1544/56, de autoria do então Deputado Federal Humberto Cavalcanti Teixeira, que limita a execução de músicas estrangeiras no Brasil é aprovada.
Começo das tentativas de aproximação do vaqueiro Zé Marcolino - José Marcolino com o Rei do Baião, através de correspondências que, segundo o próprio nunca chegaram às suas mãos. O encontro pessoal se daria mais tarde no ano de 1960.


1957
Grava o primeiro disco com composição de Onildo Almeida. Em um lado A Feira de Caruaru e no outro Capital do Agreste de Onildo Almeida e Nelson Barbalho.


1958
Começa o apogeu da Bossa Nova com João Gilberto, Tom Jobin, Vinícius e outros. O movimento cresce com adesão de Carlos Lira, Roberto Menescal, Baden e outros mais. Luiz Gonzaga por sua vez gravou seu primeiro LP de 12 polegadas, 33 rpm. Pela RCA Victor. XAMEGO


1961
Luiz Gonzaga entra para a Maçonaria. Neste ano compõe com Lourival Silva e grava Alvorada de Paz, em homenagem ao então Presidente da República Jânio Quadros, que renunciaria sete mêses após assumir a Presidência.Conheceu pessoalmente José Marcolino - o Zé Marcolino, de quem gravaria depois várias obras.


1962
Ano da morte do poeta, folclorista e parceiro Zé Dantas.
Neste mesmo ano lança os seus primeiros compactos simples e duplo, 33 rpm, pela RCA Victor.


1963
De sua parceria com Nelson Barbalho grava A Morte do Vaqueiro no mesmo ano conhece o poeta popular cearense Patativa do Assaré . O clima político é tenso, e os brasileiros decidem em plebiscito a volta do sistema presidencialista.


1964
Grava a composição A Triste Partida de Patativa do Assaré. O sucesso é total principalmente junto ao nordestino que vive no Sul. Grava também, no LP O Sanfoneiro do Povo de Deus a primeira composição de Gonzaguinha, "Lembrança de Primavera".


1965
Asa Branca é gravada por Geraldo Vandré em seu Lp "Hora de Lutar". Gilberto jovem, um compositor jovem da Bahia começa a citar Luiz Gonzaga em suas entrevistas, como uma de suas maiores influências. Mais adiante Luiz Gonzaga gravaria duas composições de Vandré (Para Não Dizer Que Não Falei das Flores e Fica Mal Com Deus), como retribuição.


1966
Sinval Sá lança o livro O Sanfoneiro do Riacho da Brígida - Vida e Andanças de Luiz Gonzaga - O Rei do Baião. O sanfoneiro é impedido de cantar no festival FIC 66, a música São os do Norte Que Vêm, de Capiba e Ariano Suassuna.


1968
Um pouco fora de destaque no cenário musical, Luiz Gonzaga viu seu nome novamente em ascensão depois que, nesta ano, Carlos Imperial espalhou no Rio de Janeiro que o conjunto Inglês The Beatles acabara de gravar a música Asa Branca. Não era verdade, mas foi o que bastou para que Gonzaga voltasse às manchetes. E por um longo tempo Gonzaga sempre falou em entrevistas, do interesse "dos cabeludos de Liverpool por essa música".


1970
Para os anos 70 estava reservada a explosão dos ritmos estrangeiros, particularmente o Rock'n'roll, oriundo dos anos 50, onde encontrava defensores como Cely e Tony Campelo, Carlos Gonzaga, etc. Era a presença em nossa música os Beatles, Ingleses. Dos Estados Unidos chegava a música de Elvis Presley. No Brasil era a vez de Roberto Carlos que já vinha com o seu programa Jovem Guarda. Carlos Imperial, Erasmo Carlos etc., davam força ao movimento.


1971
Lança o LP "O Canto Jovem de Luiz Gonzaga". O produtor Rildo Hora alega que "este disco não é para sucesso e sim uma homenagem para a juventude. Em Londres Caetano Veloso grava Asa Branca, assim como Sérgio Mendes e seu Brasil 77. É o ano do primeiro contato do então desconhecido Fagner com Luiz Gonzaga, no Rio. O sanfoneiro apresenta-se em Guarapari fazendo sucesso entre os hippies de então.
Foi também do ano de 1971 que, por iniciativa do Padre João Câncio, com o apoio do cantor Luiz Gonzaga - primo de Raimundo Jacó - e pelo poeta Pedro Bandeira, famoso repentista do Cariri, realizou-se a primeira Missa do vaqueiro, no sítio Lages, na cidade de Serrita, em pleno sertão Pernambucano, como homenagem a Raimundo Jacó, que teria sido morto morto por um companheiro, e principalmente em forma de tributo ao vaqueiro nordestino. Mas a principal preocupação do Pe. Joâo Câncio era trazer de volta para a igreja os vaqueiros. Com a celebração o Padre Vaqueiro conseguiu ver seu desejo realizado.


1972
Pelas mãos de Capinam apresenta o espetáculo "Luiz Gonzaga Volta Para Curtir" no Teatro Teresa Raquel, no Rio de Janeiro. Sob a direção de Jorge Salomão e Capinam, o delírio é total, e é a primeira vez que Gonzagão enfrenta uma platéia somente de jovens.


1973
Deixa a RCA Victor e passa para a Odeon, por um breve espaço de tempo, embalado pelo sucesso reconquistado. Tenta lançar sua candidatura a deputado Federal pelo então MDB mas desiste logo da idéia, quando sentiu que os votos que obteria seria em troca de favores. Inezita Barroso grava Asa Branca como também o cantor grego Demis Roussos, sob nome de White Wings, com letra em inglês.
O então Governador de Pernambuco Eraldo Gueiros Leite, seriamente preocupado com o clima de discórdia e violência reinante em Exu, pediu para que Luiz Gonzaga tentasse apaziguar os conflitos entre famílias tradicionais daquela cidade.Neste mesmo ano por iniciativa da Prefeitura do Município de Serrita, foi erigida a estátua de Raimundo Jacó, esculpida por Jota Mildes, artista de Petrolina.
Também neste ano grava seu primeiro LP pela Emi Odeon.


1974
É construído o Parque Nacional do Vaqueiro, e criada em 24 de Outubro desse mesmo ano a Associação dos Vaqueiros do Alto Sertão Pernambucano.


1976
O Projeto Minerva dedica um especial à obra de Luiz Gonzaga. Neste mesmo ano grava seu primeiro compacto simples de 33 rpm pelo selo Jangada, com a música Samarica Parteira de Zé Dantas. A música ocupou as duas faces do disco.


1977
Estréia no "Seis e Meia", no Teatro João Caetano ao lado de Carmélia Alves. O sucesso é total, inclusive com grande afluência de jovens ao Teatro.


1978
É lançado no mercado um disco como forma de menção especial a Luiz Gonzaga, - a Grande Música do Brasil, a Grande Música de Luiz Gonzaga, pela Copacabana, produzido por Marcus Pereira com arranjos e direção de orquestra a cargo do maestro Guerra Peixe. É uma versão sinfônica de clássicos da obra de Luiz Gonzaga.Foi também o ano da morte de Januário, no dia 11 de Junho.


1979
Morre o compositor, advogado e instrumentista Humberto Teixeira. E Luiz Gonzaga grava o Disco Eu e Meu Pai em homenagem a Januário.


1980
Em Fortaleza, depois de ser literalmente atropelado pêlos seus fãs e por fiéis da igreja, Luiz Gonzaga canta para o Papa João Paulo II. Recebe do sumo pontífice a expressão - Obrigado Cantador. Foi um dos mais emocionantes e gratificantes momentos da vida do sanfoneiro, que novamente pensou em candidatar-se a política mas desistiu aconselhado por amigos.


1981
Recebe os dois únicos discos de ouro de toda sua carreira. A RCA Victor presta-lhe significativa homenagem pelo marco de seus 40 anos de carreira, com o lançamento do disco A Festa:
Apresenta-se no festival de verão do Guarujá, na praia de Pitangueiras, ao lado do veterano Osmar Macedo, co-fundador do Trio Elétrico Dodô e Osmar. Neste mesmo ano visita o então Presidente da República Aureliano Chaves, pedindo-lhe que intervenha em Exu, devido às rixas entre as famílias Saraiva, Alencar e Sampaio, fato que acontece poucos dias depois terminando com uma rivalidade que já durava alguma décadas.
E através do decreto do poder executivo estadual 7.549, de 09 de novembro de 1981, foi nomeado interventor de Exu o major PM Jorge Luiz de Moura, decreto este publicado no Diário Oficial número 209, do dia 10 de novembro.
Grava Junto com Gonzaguinha o Disco Descanso em Casa , Moro no Mundo. Os dois fizeram juntos incríveis apresentações por todo Brasil.


1982
Atendendo convite da cantora Nazaré Pereira, lá radicada, viaja para a França apresentando-se em Paris no teatro Bobinot. A cantora fazia sucesso com a música Cheiro da Carolina e decidiu levar o Rei para a França o conhecer. Na platéia, entre outros, estavam Maria Bethânia, Celso Furtado e o ex-ministro Nascimento e Silva.


1983
Lança o disco 70 anos de sanfona e simpatia. 1984 Luiz Gonzaga canta no disco de Gal Costa - Profana em uma faixa em homenagem a Jackson do Pandeiro. Grava seu primeiro LP com o Cearense Raimundo Fagner. 1985É agraciado com o troféu Nipper de Ouro. Além dele, somente o cantor Nelson Gonçalves recebe tal troféu.
1986 Vai à França pela segunda vez, apresentando-se no dia 6 de Julho no Halle de La Villete, ao lado de Fafá de Belém, Alceu Valença, Moraes Moreira, Armandinho Macedo, entre outros artistas que faziam parte da comitiva o “Couleurs Brésil”. 1988A RCA Victor lança uma caixa luxuosa com cinco LPs, batizada de 50 Anos de Chão, cobrindo a carreira de Gonzaga desde as primeiras gravações instrumentais. Fagner produz o segundo LP de encontro com o Rei.


1989Grava seu primeiro LP pela Copacabana, seguidos de mais três LPs, que seriam os últimos de sua carreira; (Verificar na discografia) No dia 06 de Junho, Luiz Gonzaga sobe pela última vez num palco, com o auxílio de uma cadeira de rodas. A platéia presente no teatro Guararapes no Centro de Convenções no Recife não podia prever que não mais veria o velho Lua. Ao lado de Dominguinhos, Gonzaguinha, Alceu Valença e vários outros amigos e parceiros, e desobedecendo à ordens médicas, Gonzagão levantou-se apoiado no microfone e, com sua voz forte e anasalada, apesar de um pouco trêmula, fez pequeno discurso louvando o forró e dizendo: “Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito o seu povo, o sertão, que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor...”De osteoporose, Luiz Gonzaga morreu no dia 02 de Agosto de 1989, às 05.15hs, no Hospital Santa Joana, no Recife, onde dera entrada há 42 dias. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa do Estado e o Governo de Pernambuco decretou luto oficial por três dias. No dia 13 de dezembro, Gonzaguinha, Fagner, Elba Ramalho, Domiguinhos, Joãozinho do Exu e Joquinha Gonzaga cantam a meia noite parabéns para Luiz Gonzaga, em Show realizado em Exu. Nesse mesmo dia, pela manhã, foi inaugurado em Exu por Domiguinhos e Gonzaguinha o Museu do Gonzagão.

5.5.09

A FAMILIA reunida na Cooperifa.

Tela que exibiu o documentário
Crônica ( AFAMILIA), Sérgio Vaz e G.O.G)

Renato Vital, Crônica grupo A familia, GOG e Rodrigo Círiaco.


Nego Chic, Sérgio Vaz, Crônica, Renato Vital e GOG


Euller e GOG

Fuzzil, Crônica e Renato Vital

Ontem estive no Cinema na laje, mais um projeto da Cooperifa, que não para nunca. Foi exibido ontem um filme sobre os Panteras Negras, como foi fundado, quais suas ideologias e suas metas na sociedade negra do Estados Unidos racista, com sua polícia truculenta e nojenta.
O documentário começou às oito e meia, e terminou exatamente às nove e meia, ouve distribuição de pipoca grátis. O documentário mostrou também o sistema mal intencionado norte americano, que como aqui no Brasil não respeita a sociedade negra do país.
Foi ótimo ver líderes como Malcom x e Marthin Luther King na tela, com olhares diferentes sobre um mesmo objetivo, a dignidade do povo negro americano e por que não dizer, do mundo inteiro. No final ouve um bate-papo acalorado, com todo mundo que assistiu o documentário. è isso ai.
Quem esteve por lá também, foram os Rappers G.O.G, Crônica do grupo A FAMILIA e os manos de sempre, Jairo, Cocão, Sérgio Vaz, Rodrigo Círiaco, Casulo, Nego Chic, Euller, Fuzzil, Márcio Batista entre outros.

3.5.09

EU VOLTEI, AGORA PRA FICAR! POR QUE AQUI!? AQUI É O MEU LUGAR!



CORINTHIANS CAMPEÃO PAULISTA 2009




CAMPEÃO INVICTO


13 VITÓRIAS

10 EMPATES


CORINTHIANS EU NUNCA TE ABANDONEI

POR ISSO VOLTAMOS JUNTOS

CORINTHIANS NÓS VOLTAMOS

E VOLTAMOS PRA FICAR

CORINTHIANS CAMPEÃO PAULISTA 2009 INVICTO

SALVE JAIRO, FÁBIO, ALLAN DA ROSA, JÉSSICA E TODOS OS CORINTHIANOS DO HIP-HOP


PARABÉNS:

ROBSON CANTO

ALESSANDRO BUZO

SÉRGIO VAZ


CORINTHIANS CAMPEÃO PAULISTA 2009

2.5.09

O HIP-HOP FORA DO CENTRO


O HIP-HOP FORA DO CENTRO

Este ano mais uma vez, nosso querido prefeito mostrou o poder da sua corja, tirou o RAP de vez do centro, e encaminhou pros CEUS. Quem quiser acompanhar os shows no centro, vai poder conferir o brega, o Rock, o Samba, menos Hip Hop. Como reclamar não dá jeito, o jeito é fazer que nem disse o Rapper Sombra " A gente tem que ser articulado e realizar nossos próprios eventos, pra não depender desses caras". E como a gente sabe que essa prefeitura que tá ai, joga contra nosso povo, temos que ser articulado mesmo. Se não bastasse isso, ainda tem os rídiculos 1º de maio, como o que aconteceu na praça campo de bagatele, com os artistas e seus playbacks mais rídiculos ainda. 1º de maio com patrão no palco, fingindo ser do povo.


Mas para animar um pouco, comprei o dvd do GOG Cartão Postal Bomba, lá na galeria do RAP, já assiste e gostei muito, muito bem feito, bem elaborado, bem editado, e vem com o melhor poeta do Brasil Sérgio Vaz. Lembro que cobrei o dvd pessoalmente com o GOG, ele falou que estava no forno, e agora a gente já pode conferir, como ficou esse excelente trabalho do RAP ( Raiz, Africana, Presente). Quem quiser adquirir também, pode entrar no site http://www.gograpnacional.com.br/ , pode ir até a galeria 24 de maio no centro ou se preferir na loja Suburbano Convicto no Itaim Paulista do amigo Alessandro Buzo veja o endereço aqui: http://www.suburbanoconvicto.blogger.com.br/ .



Tem a participação do melhor poeta do Brasil.

BRASIL COM P PARTICIPAÇÃO DA MARIA RITA - DVD CARTÃO POSTAL BOMBA