31.10.11

Felicidade alheia não me incomoda

Se tem algo que me deixa mais feliz, do que estar feliz, é ver alguém que eu gosto feliz.

Felicidade alheia, incomoda muita gente, há pessoas, que nunca tomaram o chá do simancol, e se ligaram, que o começo da vida começa com a felicidade coletiva.

Detesto ver amigos amuados, amargurados e tristes pelos cantos, isso sim, é uma das coisas que mais me incomodam e me deixam impotente.

Quantas vezes já me deparei com casais falsos, que falseavam sua própria felicidade, e isso me causava náuseas. Sabe, eu acho que a felicidade já é tão rara, pra ser artificial, que não me contento com felicidade montada.

Até mesmo aqueles carros de som que fazem homenagens de amor, as vezes é tão rídiculo, quanto a tentativa de fazer alguém feliz, ou se respirar a felicidade por alguns momentos.

Quando vejo a verdadeira felicidade pulsando nos peitos famintos por liberdade e amor, me sinto satisfeito e feliz comigo mesmo, sua felicidade você não constrói, você apenas conquista.

As vezes um simples toque de mão, na pessoa que você tanto queria, já serve pra se respirar a felicidade. Uma mão suada de nervosismo, um ato de inocência.

A felicidade ela não é fingida, ninguém pode falsea-la, podem tentar, mas quando encostam a cabeça no travesseiro, a verdade dói como uma rocha sobre a cabeça.

Vi a felicidade na minha frente, e ainda vejo, viver ela é muito mais intenso e verdadeiro do que já algum poeta descreveu.

E se for pra lutar por ela, nem que seja pra vê-lá no sorriso de um feliz casal, lutarei feliz.

Pois vocês também são importantes.

Viva a felicidade.

Texto dedicado a Welton Souza e Iascara Rodrigues.


27.10.11

Deputada Leci Brandão se pronuncia contra o Racismo no Metrô Campo Limpo


lecibrandao Leci Brandão

@renatovital Meu querido obrigada novamente pela informação e já nos pronunciamos. Que DEUS te proteja sempre. Beijos.

26 de outubro

lecibrandao Leci Brandão

Peço ao governador Geraldo Alckmin, que criou o Programa São Paulo sem Racismo, que tome providências . #racismoNoMetroCampoLimpo

26 de outubro

lecibrandao Leci Brandão

Um péssimo exemplo de racismo diante de um cidadão. #racismoNoMetroCampoLimpo @renatovital

26 de outubro

lecibrandao Leci Brandão

Preto Will foi discriminado pela segurança do metrô e negligenciado no Hospital Campo Limpo.

26 de outubro

lecibrandao Leci Brandão

Repudio veementemente a agressão sofrida pelo músico Preto Will, do grupo Versão Popular, no metrô Campo Limpo #racismoNoMetroCampoLimpo

26.10.11

Racismo no Metrô Campo Limpo

Pátria Livre, requer liberdade.
Diga não ao racismo e ao preconceito.
Discriminação nunca mais.

Todo apoio ao mano Preto Wiil.

#racismoNoMetroCampoLimpo espalhe essa tag no twitter.

Leia o texto escrito pelo Sérgio Vaz logo abaixo:

Preto Will músico do Versão Popular e poeta da Cooperifa foi expulso do MetrôCampo Limpo agora pouco na porrada. É isso mesmo. Na porrada.


Ao chegar no Metrô foi intimidado por olhares preconcetuosos pelo segurança, perguntou se havia algum problema com ele. O segurança falou algumas coisas e saiu.


Em seguida quando subiu a rampa para pegar o trem foi abordado pelo segurança que veio acompanhado de mais um, deram-lhe uma gravata, e o arrastaram pelo braço, e diziam,


- Sai fora negão, se quiser vai de busão.


E já se não bastasse todo o racismo e violência sofrida ele foi levado pela PM ao Hospital Campo Limpo com o braço inchado, o médico que o atendeu, olhou a chapa de raio-x e disse que não havia quebrado nada, que podia ir embora.

Indignado e ainda com dores nós o levamos para o pronto socorro de Taboão da Serra onde ele foi atendido e constatado que não estava com o braço quebrado, mas havia uma luxação, onde foi medicado e colocado uma tala, saiu de lá com um atestado de 5 dias. Pode se dizer que houve negligência médica no Hospital Campo Limpo?


Partimos com advogados direto para a 37ª Delegacia que fica na região, mas sabe como é, vamos ficar na pressão, racismo é intolerável.


Precisamos de todos os amigos, porque pode não ser pauta para grande mídia, mas é pauta no nosso cotidiano.


A Periferia nos une pela cor, pela dor e pelo amor.



22.10.11

Liberdade por Carlos Marighela


Liberdade

Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.

Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.

Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.

E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome"

São Paulo, Presídio Especial, 1939

14.10.11

Se querem meu sangue... só se eu estiver morto... só assim!

Não dá, vocês são banais
Seres humanos boçais
Não acreditam na paz
Se escondem demais

Me chamam de louco
Acusam minha insanidade
Vou falar a verdade
Melhor a loucura, do que a falsa verdade

Quem sabe um dia
Vocês compreendam
Que o alimento pra alma
Vocês não aguentam

Tiram de mim meu sorriso
Me arrancam meu brilho
Me querem amordaçado, tranquilo
Garanto-lhes que não sou nada disso

Também não sou um algo
Ou um ser estranho, de menor tamanho
Embora alguéns já tenha dito isso
Prefiro seguir sendo euzinho

Não escondo minha história
Tento não esconder minha origem
Cabeça chata, idiota, burro é o caralho
Afro-caboblo-nordestino paulistano raro

De cima de seus tamancos e idiotices
Não percebem suas vidas
Indo pelo ralo da ilusão
Com inocência, talvez compreendam a salvação

Siga suas vidas, como quem nunca viveu
Não saibam mais além do que o necessario
Ganhem simplesmente seus salários
Pra no final da vida se verem como otários

O que é viver a vida?
Pergunte ao seu coração
Ele desvenderá o enigma
E te levará pra consagração

Se querem meu sangue
Beber dentro de um cálice
Matar minha esperança
Serão julgados pela minha perseverança

Se querem meu sangue
Que levem navalha na carne
Serão justiçados, infiéis humanos
por querer matar minhas vontades





13.10.11

Eu sou contra a extinção das organizadas


Fico imaginando os clubes hoje em dia sem a presença das organizadas nos estádios.

A desculpa para a extinção das torcidas organizadas, é a violência que assusta, a cada rodada nos campeonatos pelo Brasil. Ontem durante o jogo Corinthians x Botafogo, eu que estava no pacaembu acompanhando a partida, percebi a importância das organizadas.

Enquanto nas organizadas a torcida pulava e cantava durante o jogo inteiro, fazendo uma imensa festa, nos demais setores, quando muito, os torcedores apenas imitavam os gritos das organizadas.

O prazer de ir assistir a uma partida num estádio de futebol, pra mim, é a vibração, o calor humano, a festa das torcidas e a emoção de ver seu time de perto jogando.
Ai quando vejo torcedores, sentados e assistindo ao jogo caladinhos e atentos ao jogo, me imagino vendo o jogo em casa pela televisão, que é o que eu preferia fazer, ao invés de ir pra ficar calado no estádio.

È certo e justo, que todo o cidadão tem direito de fazer o que bem entender, com o seu dinheiro e o seu ingresso ao estádio, desde que não incomode os demais, porém não vejo emoção, em ir ao estádio assistir o jogo quetinho e calado.

Meu divertimento em ir ver o Corinthians jogar, é gritar até ficar rouco, pois além de eu fazer parte de um bando de loucos, também faço parte de uma torcida que faz a festa nos estádios pelo Brasil.

Sou e sempre serei a favor das torcidas organizadas, com um porém, sempre a favor da paz e da alegria, e nunca da violência e covardia.

PAZ!

11.10.11

Fato Realista na festa das crianças no Monte Líbano


Grupo Fato Realista vai estar na festa das crianças no jardim Monte Líbano amanhã:

Pra conferir o nosso som, ouça abaixo no pocket BDG:


6.10.11

Pele negra

Arrancado de tua terra,
Tua mãe chorou ao te ver amarrada
Tua mãe chorou ao te ver espancado
Trazidos, forçados e amarrados
Pra essa imensa terra da paz, da santa cruz
Estuprada pelo homem branco
Chicoteado pelos porcos insanos
Na pele e na mente, a dor maior
Ficou pra trás o sonho de áfrica livre
E trouxe pra essa terra, suas raízes

Tiranos malditos, te amarraram os pés
Te amarraram as mãos
Pra te castigar, te mutilavam, te jogavam ao mar
Pele negra sofrida, que o branco fez castigar
Arrancados a força, não escolheu vir pra essa terra
Rotulados até hoje, pela cor negra que marca uma era
Quem disse que seria fácil te matar
Capoeira, feijoada, samba, futebol é o que há
Quem achou que era o bastante
Diplomas fizeram tu mostrar sua inteligência brilhante

Surrados e maltratados na lavoura
Negros ilhados, nessa história louca
Um grito surgiu, ao ver a noite cair
Vem lá, vem lá, guerreiros de zumbi
Terror pra sinhazinha, e pro sinhozinho
Liberdade pro negro, agora não estava sozinho
Foram pro quilombo, viver dias não tão tranquilos
Mas a liberdade se era respirada
Pena que os malditos de farda
Acabaram com o sonho da liberdade alcançada
Mas Zumbi não morreu, Palmares não acabou
Até hoje o negro lutou, e sua liberdade alcançou
Na rua é difícil se falar em liberdade
Pois vejos tantos, atrás das grades
Analfabetos, jogados, numa grande confusão
Mas tem os que honram a luta do povão
Fazem jus ao nome forte, ao sofrimento do passado
São guerreiros, isso eu não abro mão do relato
Fazer jus ao sofrimento passado, é questão de honra
Liberdade pra mente e pro coração o negro ecoa

Olho pro espelho
Vejo minha pele branca
Sei lá, me espanta, pois eu nem tudo vejo
O cabelo crespo que carrego
O amor pela causa que entrego
Tem o sangue negro
Me chamar de negro, indígena, nordestino ou branco
Pro sistema é importante
Me chame logo de mameluco, caboclo
Pois vou gritar pro meu povo:

Liberdade pro povo negro!

Que isso branco, nordestino indío e negro?
Não me olhe com desprezo.
Não tolero o preconceito, e nem devo.
E se você for da luta, combater contra essa bagunça
Então grito logo, pra todo mundo ouvir como música:

VIVA O POVO BRASILEIRO!

Eu disse a você

Eu te disse como seria
A vida não era feita de porcelana
Mais frágeis são seus pensamentos
Perdido em momentos, sua alma inflama
Derrama o deleite
De todos os segredos, escondidos dentro de você
Que nada, você nunca fala nada
Da tua boca, não saem mais palavras
Apenas insultos e podridão
Dirigia a você com frases bonitas
Mas aquelas frases tão superficiais
Não me agradavam muito
O melhor é eu dizer: me dá sua mão, eu te seguro.
Vamos nós dois juntos, angariar o futuro.
O presente é como se fosse o passado.
E o Futuro, a gente que constrói.