27.9.08

Beber, cair, levantar

Eu tento não enchergar as coisas, que o sistema esconde na sombra da mediocridade.
Mas os olhos da virtude e ideologia, não me negam a realidade, mesmo que esta seja nada agradável.
Andando nessa calçada podre, com cheiro forte de pinga, vômito, cigarro entre outras merdas, que as grandes empresas ganham com publicidade, fabricam, e jogam na periferia, pro pobre se matar lentamente. Mas hoje esbarrei com algo diferente, não era o cachorro vira-lata, nem saco de lixo, e sim um tiozinho estirado na calçada.
O bar toca a maldita música, sobre a bebida alcoólica que faz milhares de famílias sofrer, com violência doméstica, pais e mães com Cirrose etc. Na certa o tiozinho nem mais ouvia a música de fundo, que tudo tinha a ver com a sua desgraça momentânea ( ou não):

- Vamos se embora pro bar, beber, cair, levantar!

O forrózeiro quando escreveu essa letra, não raciocinou com meu raciocinio, e na certa escreveu pra fazer sucesso, e pra ver sua música ser bem aceita nos bailes, onde a mesma droga corre solta, na mão de Jovens, adultos, e idosos: a bebida Alcoólica.
As pessoas passam e desviam do bêbado estirado no chão, talvez um pedreiro que ajudou a construir várias casas, talves um tio que cata papelão. Muitas pessoas gostam e até dançam o " beber, cair, levantar", mas algumas têm nojo do tiozinho estirado na calçada, outras olham com o olhar discriminatório e outras olham com pena e só.
E o alcoól continua sendo a droga mais usada do mundo, mata mais que os narcóticos, e faz sucesso em desfiles, jogos de futebol, exposições etc. É só.

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