Cercado por comentários, vários foram os que falaram e passaram, palavras senti, poucas me tocaram, não me surpreendo por qualquer expressão sem valor.
Já me atacaram, questionaram, e até elogiaram, mais é aquela coisa, quando não se olha pra si mesmo, se esquece também que os demais tem talento.
Já suei a camisa, e gastei os trocados, com algumas esfihas com os manos, os colegas, tomando um dolly, sentados em frente a um bar fechado.
Já dei dinheiro pra alguma criança que me pediu, ou pra algum tiozinho, querendo tomar mais um gole de 51 pra esquentar as noites frias de São Paulo.
Poxa eu vou lá questionar uma criança por causa de um real, ou um tiozinho por mais um gole, se muitos roubam em nome da miséria, e jamais uma simples moeda, iria salvar uma infância vazia de conforto e até carinho. - Tio dá uma esfiha? - Toma ai.
Sem querer pagar de bonitinho, em frente a nenhuma câmera global ou de qualquer emissora, hipócritas demais, pra dizer pra mim, pra quem e pra que eu devo empregar meu dinheiro.
Já vaguei pelas ruas de São Paulo, pensando em pessoas, que eu sei que não pensam mais em mim.
Já amei pessoas, que eu sei que não queriam amar a mim, ou simplesmente não se importavam ou não se importam com sentimentos simples, simples e puro. Mas espero que os meus passos marcados por essas tantas ruas, tenham pelo menos me servido de alguma lição, se é que algo ainda entra na minha cabeça, surrada por tantas idéias vazias, que já ouvi e presenciei.
Se é fácil gostar de mim?
Para com isso por favor. Eu sou chato demais pras suas idéias, as vezes você até me supera em sua inteligência, mas ai que entra o por quê da história. Eu simplesmente não ligo se são superiores a mim, o que importa pra mim é a espontaneidade e a simplicidade e humildade das pessoas.
Não precisa gostar de mim.
Você metendo banca de artista, não me impressiona com suas frases de efeito. Você que até a pouco tempo atrás era uma pessoa, e hoje já é outra, só por quê passou a se envolver com pessoas reconhecidas e passou a ter o seu trabalho reconhecido. Você pra mim não mais importara, apartir do momento que perder sua originalidade. Aquela pessoa que conheci e hoje já não é mais.
Sobre mim:
Já fui chamado de chato por tudo o que é tipo de pessoa, desde familiar até amigo pessoal.
E daí?
Não vou mudar, gosto de ser como sou, e já era. Ser legal pra agradar vocês? Nunca.
Quer me aceitar do jeito que sou, pra sempre te amarei.
Do contrário?
A idéia é não mudar de personalidade, pra se envolver em bolinho, turminha, grupinho, banquinha, coletivo de hip-hop que acha que o é mais ideológicamente correto, catar mina (até mesmo por quê não posso), ser aceito em panelas etc.
Se você mudou sua personalidade, pra se adaptar a alguma situação, lamento por sua alma, se é que algum dia você teve alguma.
Você pode ir aonde for, jamais deixe de ser você mesmo.
Obrigado.
Renato Vital poeta e escritor e detesta pessoas de dupla personalidade.