Chico Science
A história de Chico Science começa no início dos anos 80, nos arredores da 2ª Etapa de Rio Doce, bairro da periferia de Olinda. Naquela época, o garoto Francisco França ganhava uns trocados durante o dia fazendo "biscates" na vizinhança, para garantir a entrada nos bailes funkies dos finais de semana. Seus ídolos eram James Brown, Sugar Hill Gang, Kurtis Blown, Grand Master Flash e outros grandes nomes da Black Music.
Chico passou a integrar a Legião Hip Hop, uma das principais gangues de dança das ruas do Grande Recife, no ano de 84. Três anos mais tarde surgiu sua primeira experiência como músico: a banda Orla Orbe, que durou pouco mais de um ano. Apesar das coisas não terem dado certo, Chico não desanimou. E o final da década viu o nascimento do Loustal, um grupo cujo nome homenageava o famoso quadrinista francês Jacques de Loustal.
A idéia era trabalhar o rock dos anos 60, incorporando elementos de soul, funk e hip hop. A essa altura, Francisco França já começava a se transformar em Chico Science, o cientista dos ritmos, o rei das alquimias sonoras.
A guinada decisiva aconteceu no início de 91, quando, através de Gilmar "Bola Oito", um colega de trabalho, ele entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, um outro subúrbio de Olinda. O bloco era especializado em samba-reggae, e desenvolvia um trabalho de educação popular junto com o Centro de Apoio a Comunidade Carente "Daruê Malungo". Impressionado com a energia do grupo, Science resolveu experimentar a potencialidade dos percussionistas, mixando os ritmos regionais com sua bagagem de black music. Para incrementar a nova fórmula, ele convocou dois companheiros do Loustal: o guitarrista Lúcio e o baixista Alexandre. Estava formado o Nação Zumbi.
Essa versão pernambucana da "World Music" foi batizada de Mangue.
A estréia oficial aconteceu no Espaço Oasis, em Olinda, no dia 01 de junho de 91. Nessa mesma data, Chico resumiu para um grande jornal do Recife o que estava por trás do seu novo projeto: "É nossa responsabilidade resgatar os ritmos da região e incrementá-los junto com uma visão pop. Eu vou além."
Quem achou a declaração pretenciosa, quebrou a cara. Afinal, uma ano depois, o Mangue, já transformado em movimento, reunia várias bandas em regime de cooperativa e era a grande novidade da mídia local. Em junho de 93, Chico Science e o Nação Zumbi fizeram uma excursão relâmpago por São Paulo e Belo Horizonte, detonando três shows que deixaram o público e a crítica de queixo caído. Em pouco tempo, a batida desses caranguejos com cérebro já se fazia ouvir por todo país.
Orla Orbe foi a primeira banda de Chico Science, criada em 1987. Acima o cartaz, feito à mão e com foto xerocada, do primeiro show do grupo, em Recife.
Da MTV aos cadernos de cultura dos grandes jornais de São Paulo, passando por revistas especializadas e um programa especial na Globo Nordeste, todo mundo abriu um espaço para a Mangue Beat de Chico Science e Nação Zumbi.
Da Lama ao Caos, produzido por Liminha e gravado no estúdio Nas Nuvens, é o primeiro registro de sua incrível mistura de maracatu, samba de roda, caboclinho, funk, soul, guitarras pesadas e psicodelia. Fiquem ligados: a invasão dos homens-caranguejo continuam com a Nação Zumbi !
A história de Chico Science começa no início dos anos 80, nos arredores da 2ª Etapa de Rio Doce, bairro da periferia de Olinda. Naquela época, o garoto Francisco França ganhava uns trocados durante o dia fazendo "biscates" na vizinhança, para garantir a entrada nos bailes funkies dos finais de semana. Seus ídolos eram James Brown, Sugar Hill Gang, Kurtis Blown, Grand Master Flash e outros grandes nomes da Black Music.
Chico passou a integrar a Legião Hip Hop, uma das principais gangues de dança das ruas do Grande Recife, no ano de 84. Três anos mais tarde surgiu sua primeira experiência como músico: a banda Orla Orbe, que durou pouco mais de um ano. Apesar das coisas não terem dado certo, Chico não desanimou. E o final da década viu o nascimento do Loustal, um grupo cujo nome homenageava o famoso quadrinista francês Jacques de Loustal.
A idéia era trabalhar o rock dos anos 60, incorporando elementos de soul, funk e hip hop. A essa altura, Francisco França já começava a se transformar em Chico Science, o cientista dos ritmos, o rei das alquimias sonoras.
A guinada decisiva aconteceu no início de 91, quando, através de Gilmar "Bola Oito", um colega de trabalho, ele entrou em contato com o bloco afro Lamento Negro, de Peixinhos, um outro subúrbio de Olinda. O bloco era especializado em samba-reggae, e desenvolvia um trabalho de educação popular junto com o Centro de Apoio a Comunidade Carente "Daruê Malungo". Impressionado com a energia do grupo, Science resolveu experimentar a potencialidade dos percussionistas, mixando os ritmos regionais com sua bagagem de black music. Para incrementar a nova fórmula, ele convocou dois companheiros do Loustal: o guitarrista Lúcio e o baixista Alexandre. Estava formado o Nação Zumbi.
Essa versão pernambucana da "World Music" foi batizada de Mangue.
A estréia oficial aconteceu no Espaço Oasis, em Olinda, no dia 01 de junho de 91. Nessa mesma data, Chico resumiu para um grande jornal do Recife o que estava por trás do seu novo projeto: "É nossa responsabilidade resgatar os ritmos da região e incrementá-los junto com uma visão pop. Eu vou além."
Quem achou a declaração pretenciosa, quebrou a cara. Afinal, uma ano depois, o Mangue, já transformado em movimento, reunia várias bandas em regime de cooperativa e era a grande novidade da mídia local. Em junho de 93, Chico Science e o Nação Zumbi fizeram uma excursão relâmpago por São Paulo e Belo Horizonte, detonando três shows que deixaram o público e a crítica de queixo caído. Em pouco tempo, a batida desses caranguejos com cérebro já se fazia ouvir por todo país.
Orla Orbe foi a primeira banda de Chico Science, criada em 1987. Acima o cartaz, feito à mão e com foto xerocada, do primeiro show do grupo, em Recife.
Da MTV aos cadernos de cultura dos grandes jornais de São Paulo, passando por revistas especializadas e um programa especial na Globo Nordeste, todo mundo abriu um espaço para a Mangue Beat de Chico Science e Nação Zumbi.
Da Lama ao Caos, produzido por Liminha e gravado no estúdio Nas Nuvens, é o primeiro registro de sua incrível mistura de maracatu, samba de roda, caboclinho, funk, soul, guitarras pesadas e psicodelia. Fiquem ligados: a invasão dos homens-caranguejo continuam com a Nação Zumbi !
3 comentários:
Então Vital viu como é bonita minha candidata cê pagou um pau né não? rsssssss
Mas aí no segundo turno eu voto na sua candidata!
Magnífico Chico Science ao vivo. Uma performance inesquecível. Trinta dias depois ele sofreu o acidente e ficou aquele vazio. Mas não sei se ele continuaria fazendo tanto sucesso, já que a mediocridade tomou conta do cenário.
valeu a homenagem a chico science. Certamente, ao contrário do pensam alguns, a morte precoce de chico pode ser comparada a uma hipotética morte de John Lennon em meio dos anos 60. O vigor revolucionário da sua obra nos abrem para possibilidades inimagináveis do que ele poderia ter criado sem o fatídito acidente.
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