20.7.07

Beleza Podre

Beleza podre
Tomado pelo pudor,
derramando em pequenos cálices minha raiva;
Cercado de belíssimos apartamentos,
belíssimas gotas de sangue;
Árvores grandes e floridas,
ainda guardam o resto denossa vida;
Ruas dignas de primeiro mundo,
na palma da mão aqueimadura do asfalto imundo;
Belas cavernas verticais, que guardam a desumanidade chamada de burguesia;
Saltos ainda, saltos sofridos pela minha mente,
mente de cobiça;
Sonhando com o mundo novo,
com a nova vida;
Disgraçados passam em seus BMW 's o menor cata papelão e metal mas não vai deixar barato;
Sonhe filho da puta ,
sonhe com seus bens, casas de solidão;
Que o dia eu que te pegar, será um difunto morto no chão;
Pois o menor excluído vai cobrar, a dívida com asociedade;
Não vai querer sua caridade,
e sim sua voz lhe pedindo piedade!
Renato Vital

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