Por quê falar de outra coisa, se a a cabeça e o coração tá em você.

Vou até a geladeira.
Pego um copo de suco de Pêssego, tomo, lavo o copo, e vou pra frente do livro.
Penso nas coisas fúteis, na qual fizeram você se magoar, e eu também comigo mesmo.
Deito e começo a contar, quantas vezes nos encontramos, quantos beijos dados:
A lágrima escorre no meu rosto!
Ponho o fone no ouvido, começo a ouvir aquela música, que é nossa também.
Fico pensando, e se o sentimendo dela por mim acabar, será que acaba.
Eu fico minutos e mais minutos com a cabeça nisso.
Meu peito dói, o coração dói!
E eu queria estar com ela mais uma vez, como naquela em que rimos juntos.
Momentos não dá pra congelar, se não estariamos congelados.
Minhas palavras parecem dramáticas, mas não são, são reais.
Jogo o fone e o aparelho na cama debaixo, em cima do edredoom.
Olho pra parede vazia, e de repente vejo você.
Te chamo pra se sentar comigo na cama.
Mas você desaparece, e as lágrimas começam a cair de novo.
Fico pensando por quê você escolheu ficar longe de mim.
Levanto vou até o banheiro, me olho no espelho, meus olhos estão cansados.
lavo o rosto, pra tentar amenizar a dor, mas quando ela volta vem mais forte.
Penso, como é que pode, você ser tão fria assim, quando aqui dentro queima o coração.
Penso por quê da escolha novamente, e tento raciocinar, e sempre vem a mesma resposta:
Não devo ser tão importante assim.
Você disse, que não queria drama, mas não é drama o que eu sinto, é amor.
Tudo que é meu pede você, e a resposta do seu eu é " não vou poder".
Fico imaginando como você me vê, ´se ainda existe o sentimento.
Me cubro com o edredoom.
Adormeço pensando em você, são duas horas da manhã.

Renato Vital escritor, poeta, e ama alguém.