Cooperifa, noite de quarta-feira, véspera de feriado.
Mas antes aula prática de química, Gâs Hélio dentro do balão o conduz pra cima, mas se tiver com uma poesia, ele conduz à consciência.
Cheguei na Cooperifa umas oitos horas da noite, e lá já estavam vários guerreiros e guerreiras do gueto, poetas, escritores, músicos, se aquecendo pra noite que foi mágica, linda e que elevou a auto-estima dos presentes. Logo de chegada, já vi o Lobão, começamos a conversar sobre o padre que viajou de balão, sobre vários assuntos. Depois chegou direto de Suzano, um mano no qual sou fã, Sacolinha, junto com ele o cordelista Francis Gomes, Paulinho e também o Carlos todos da Associação Literatura no Brasil. Foram pra lançar a antologia que reuniu vários poetas e escritores de Suzano. Comprimentei o Sacolinha, também comprei um exemplar do livro, e ganhei uma revista Trajetória Literária número 3, que tem os ganhadores do concurso literário de Suzano. Logo depois, chegou o mano "Mamba Negra" diretamente da Pedreira, um mano que eu tenho muita consideração, faz umas rimas bem elaboradas sobre o cotidiano periférico. Começamos a conversar de vários assuntos, foi quando começou o Sarau, com os gritos constantes "é tudo nosso" "tudo nosso" " tudo nosso"!
Os poetas declamaram suas poesias, de forma rápida e eficaz, de um jeito que não tirou o brilho de suas poesias, a rapidez foi por quê no final do sarau, foi o poesia no ar.
Após todos os poetas declamarem suas poesias começou o poesia no ar, eu coloquei minha poesia num saquinho, amarrei no balão, fui fazer o teste, e o balão não subia. A sulfite estava muito pesada. Então tive que improvisar e escrever no papel que estava sendo distribuido, que é mais leve, e então meu balão ficou pronto pra voar.
Todos foram pra fora do bar do Zé Batidão, fizeram um círculo, e numa contagem regressiva, lançaram seus balões pro céu de São Paulo, num momento único, um verdadeiro ataque aéreo de poesias. Depois conversei rapidamente com o Sacolinha, e fui embora, conversando com o Mamba Negra.
Cooperifa, 2º poesia no ar, é tudo nosso.
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