Era a primeira vez que meus olhos, cruzavam com os dela, embora eu não soubesse quem era ela, já desejava te-lâ em minha vista por muito mais tempo, quanto fosse possível. Seus cabelos negros, escorrendo pelos seus ombros finos e ajeitados, fazia com que minha vista, assumisse um fino brilho, do príncipio ao fundo de meus olhos. Ao caminhar dela apressado e ponderado, eu queria que a rota do mundo se transformasse, e aqueles passos dados com firmeza, virasse em minha direção, a única direção em que eu desejava que ela tomasse. Jamais poderia imaginar que um simples olhar, pudesse balançar todos os orgãos do meu corpo humano, desumano quando ao perceber que estão dentro de mim, e tão longe dela. Um simples movimento dela, fazia meu olhar cavalgar em sua busca, e uma simples resposta de olhar, com a púpila não muito dilatada, fazia cada uma de minhas células pulsar de entusiasmo. Ao ver ela correr, andar, falar, se movimentar, me dava a certeza que ela existia de fato, não era uma mera ilusão, e quando de qualquer forma citava meu nome, cobria de conforto meu coração. Não gostava de olhares em cima dela, olhares maliciosos que eu sentia em minha volta, e um único pensamento pérfido que me atingia ao perceber tão fato, fazia odiar até a última geração do ser que a olhasse com malicia nos olhos. Embora ela talvez pensasse que essa mesma malícia, estava dentro de meus pensamentos, eu me esforçava ao máximo para desfazer está má e cruel impressão. Sentia que ela percebia os olhares, mas não se pronunciava, também pudera, eu também não me manifestava. A não ser com os olhares.
DEUS com sua divina inspiração, criou os olhos, pra que eles pudessem falar com a alma, o que da boca não sai de jeito algum.
Eu agradeço por poder contemplar mais uma vez aquele olhar, e o ser dono dele, poder contemplar algo que não dá pra acabar, sem que se eternize nesse simples e direto olhar.]
Renato Vital escritor e poeta.
1.7.10
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