- Aê mano corta pra mim ai.
- Opa é pra já.
- Quer dizer que você foi no show do Zéze de Camargo mesmo.
- Fui sim, mas não tinha ingresso, ai eu invade.
- Se é doido, os segurança deixo?
- Quando viram eu já tava lá dentro, no meio da multidão, meu cunhado gostava de da uns " pega " e eu louco de cachaça, sumimo no meio da multidão.
- Vichê e ai como foi.
- Nossa fizemos de tudo, foi mo bagunça, brigamo com uns cara lá, tiramo a mulherada pra dança, os dois tava loco mesmo.
- Se é doido hahahhahahhahah.
- Teve um dia que eu fui lá naquela igreja universal, na terapia do amor.
- Foi e ai, como foi?
- Eu cheguei, encostei no ouvido de uma mulher, e falei: " é agradável aqui né, esse ambiente?
- E a mina?
- Ficou cheia de nhénhénhé pra mim, mandei logo ela se fuder, e falei que ela tinha que chupar era ali mesmo.
- hahahahhahahahah, se é meio doido né.
- Teve a vez que eu fui lá na igreja batista lá, tava de ressaca, ai tomei logo uma dose de vodka pra dar uma acentada antes de entrar na igreja, pois eu pensei, agora o pastor vai me abençoar.
- E ai mano.
- Eu cheguei, fiquei no meio do povo, o pastor deu um grito, eu tomei um susto.
- E ai?
- Ai foi quando todo mundo começou: o demônio tá aqui, ele não quer sair, o Demônio tá aqui, ele vai ter que sair. E começou uma gritaria, ai eu pensei: " ochê, o demônio sou eu agora?"
- Que se fez?
- Cheguei no pastor mais alto que tinha, e falei que eles eram tudo um bando de cuzão, sou ruim rapaz!!
- ahahahahahah.
- Mas ai, pro tanto de cabelo que tem aqui, devia cobra uns 8 reais.
- Sai fora mano.
- To zuando.
- Aê mano ficou bom?
- Ficou tá da hora.
- Então beleza.
- Falou mano.
- Falou.
Renato Vital poeta e escritor colunista do site Rap Nacional www.rapnacional.com.br
31.1.08
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