RAP a bomba homicida
Não é mais do que você imaginava
Mas é mais do que você suporta
No máximo um concerto em Londres
Pra curar sua depressão e sua história
Queria ser feliz na megalópole
Mas o máximo que conseguiu
Foi uma Cherokee e um export
E um relógio suiço modelo sport
Não entende as rimas
Diz que é música pra maloqueiro
Investe seu dinheiro nos clássicos
Enquanto o estopim eclodi no mundo inteiro
Torce pro show terminar em briga
Mas as vezes não tem tanta sorte
Corre pra desligar o rádio
Se o som for mais forte
Imagina que é oriundo da américa do norte
Mas começou na ilha de BOB
Tenta difamar, vai pro show de rock
Gasta sete dezenas no ingresso pop
Ouviu Marcelo d2, deu o cd pro filho
Impediu que a bomba atômica atravessasse o vidro
Impediu que os tímpanos fossem invadidos
Impediu que seu filho ouvisse o som de bandido
Taxação não paga minhas contas
Por isso não me engano
Você me aponta como problema
Mas sonega imposto e não vai em cana
Sua lama, seus defeitos
Não fui eu que criei
Sou apenas o fruto da desordem
Acendo uma vela e digo amém
Seu filho também acende uma vela
No beco de alguma favela
Você não sabe, mas se perdeu
No encanto da burguesia bela
O meu RAP é homicida
Veio para matar
Alienação, ostentação,
Que sua classe empurrou pra ca
Não interessa seu relato
Cale a boca, nem vem com desabafo
O seu bafo é fedorento
Identico ao de um ralo
Você tem plano de saúde
Tem mercado, farmácia,
Mas sinto lhe informar
Muitas vezes lhe faltou vergonha na cara
Não sou moralista como você
Não sou tão capitalista como imagina
Sua privada está entupida
O cérebro consumista é a bosta corrompida
Se liga acabou a pilha
Tudo ainda é seu, mas imagina
Você não pode mais nos deter
Com sua fórmula idealista.
Renato Vital Poeta, escritor e Rapper.
15.5.09
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