6.2.07

Elite

Sou a elite dependo do seu malogro pra me ver feliz,
Te arranco desde o pescoço até a raiz,
Sou a elite cruel insana e poderosa,
Mas não tenho talento pra escrever poema, livro e
prosa,
Pra que serve o amor se não pra vender produtos,
Dia das mães, dos namorados, dos pais, só viso lucros
Sou a elite anti-marxista visto a pele de cordeiro,
Mas qualquer vacilo e eu arranco sua vida
Quer me pegar não consegue, quer me sentir não se liga
Só em formato de uma arma que arranca sua vida
Quer me pegar em formato de coca-cola,
Nike, rebook, Adidas ou tele-novela
Não, não é o bastante por quê eu não dou guela,
A polícia, Mílicia, (In) Justiça, são por mim,
O dinheiro, o dólar, EURO, Reais, tá afim,
Sou a elite seu pobre, pegue-me se conseguir otário,
Se tá pagando pra o caixão que tá atrás do armário
Sou a elite não desisto de ser chamada de burguesia
Safadeza, impureza, incerteza, essa é a minha vida
Sangue no rosto é o teu não o meu se liga
Se cair uma gota de lágrima do meu olho a Mídia vem e
filma,
Depois vai ser trilha de algum filme, música, né
covardia,
Sou a elite podre, cega, desumana, fatal, insana,
imoral, rala,
Destruo tudo que tú tens, e não me acontece nada,
Jogo tua cultura, sabedoria, arte, alegria na vala,
Sou a elite que trouxe os negros lá da áfrica,
Pra aqui eles construírem nosso império a base da
navalha,
Chicote estrala negro trabalha, negro trabalha,
Depois de 300 anos dei sua liberdade,
As cadeias são parte dessa mediocridade,
O inferno atrás das grades, só quem ta lá sabe,
Sou a elite te dou uma geladeira velha zuada,
Pra você transformar em carrinho de sucata,
50,60,70 anos,
Vários senhores se matando,
Pra ganhar o do pão em forma de pranto,
Sou a elite maldita e assassina,
Extermino sua vida,
Mas ao alto sou a elite, que faz, desfaz, prende,
aprende,
Separa, Depara, mata, Abala, e te rende
Sou um monstro, simplesmente
Sou a Elite!

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