1.1.12

Meu avesso

Por quê faço do meu mundo um beco, tomando decisões pelo avesso.
Meu maior medo, viver sem jeito, queria um modo de dizer, um feito, pra explicar por quê magoo sem saber direito. Faça da minha imagem, da minha lembrança, o que quiser, achando melhor pode me rasgar do peito.
Se me tornar um vilão aos olhos do meu decendente, lhe peço que não perdoe os momentos bons, nem mesmo traga lembranças que possam amenizar ou abrilhantar, ao que eu já tenho feito de bom.
Não me pergunte se sou sensato, não me faça perguntas, não procure respostas no passado, não se martirize mais.
Juro que não te agrido mais com palav1ras1 bonitas, que não podem trazer algo de concreto em suas entrelinhas.
Não se preocupe, a minha angústia, é algo merecido.
Eu sou um avesso da desilusão. Talvez não mereça a salvação.
O que eu tinha de inocência, só encontro no olhar do meu decendente.
A sua estrela brilha, ninguém irá apagar.
Se os seus sonhos pulsam, ninguém irá negar.
O meu avesso, é o pior que eu posso dar.
Palavras escritas na pedra, o tempo não irá apagar.
O que eu quero dizer, é que eu sou como o guardião, que nada lhe deixará faltar.
Se for ausente, nem mesmo assim, deixarei que vá se preocupar.
Minhas mãos trabalham, pra o mundo se movimentar.
O meu avesso aceita todas as injúrias, estou pronto pra ser alvo, que venham me atacar.
Se o que sobrou de meus exemplos, as atitudes irão julgar.
Avesso meu, deixe o tempo curar.

Renato Vital Escritor e poeta

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto bem reflexivo!!!
De Lourdes