A vida tá que tá corrida, é trabalho e mais trabalho. Acabou a eleição, quem sabe agora eu tenho mais inspiração pra poesias. O melhor das eleições é ver o quanto o povo avançou mentalmente, e se aqueles discursos antigos mesquinhos ainda estão na boca do povo. Mais o melhor ainda está por vir (ou o pior) dia 1 os eleitos assumem e os que não vão estar mais lá somem.
Chega mês de novembro, a gente já começa a pensar no que vai fazer no próximo ano, e no que ainda tem pra terminar nesse. Eu ainda pretendo fazer muito esse ano, pena que a correria do dia a dia não tem deixado. Até o meu livro, a saga de Ditinho, nunca mais escreve uma linha, mas pudera, como é um livro que vai ter pitadas de humor em meio ao caos (como é a favela) estou fazendo bastante laboratório, lendo principalmente sobre os políticos (uma grande palhaçada) e um escritor chamado João Ubaldo Ribeiro, que tem crônicas bastante bem humoradas, só não concordo que ele seja anti-Lula, mas tudo bem. Nessa linha de leituras eu tenho procurado ler o menos possível sobre literatura marginal/periférica, mas é muito difícil, ai eu pego um livro do Ferréz, do Buzo ou do Allan da Rosa e começo a carinha-los, doido pra ler uma, duas até três vezes.
E falando nos manos, sábado estava na biblioteca ônibus e adivinha o que encontrei... livros do Buzo, Ferréz e Allan da Rosa, fiquei alegre pra caralho, os livros são da coleção da Global, enquanto que o do Ferréz é o Ninguém é inocente em São Paulo.
Putz mano, to com mo saudades da Cooperifa, da Ação Educativa, dos apertos de mão e dos abraços dos manos, e dos apertos de mão e dos beijos das guerreiras é claro. As conversas com o Robson, Fanti, Akins, Elizandra, Buzo (apesar de ser palmeirense é boa gente), Sérgio Vaz, Ferréz ( esse é tipo um mestre na literatura), bom enfim, toda essa gente legal... esqueci de falar da Delourdes abraços nega.
Bom a meta é que ano que vem, eu tenha mais tempo pra cultura, e pra me voltar a alguns objetivos culturais pessoais, mas o coletivo tem que estar presente sempre.
È isso ai, vamos que vamos.
Uma poesia pra alguém...
Caminhos são caminhos
Não tive chance de escolher o seu
Caminhar junto contigo é o que queria
Mas você se esqueceu
O problema é que você não me fala
O por quê dos erros seus
Mas eu não quero tentar entender
Pois já entendi de uma maneira que deu
E entre esses caminhos e descaminhos
Não me venha com espiritismos, destinos e lá o que
O que não dá pra entender
É o gelo que vem de você.
Renato Vital é escritor poeta e articulador cultural.
10.11.10
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