5.9.09

Pra esquecer, que esqueceram

Eita lasquera, fui hoje na biblioteca ônibus aqui do Jardim Miriam e peguei o Quincas Borba do Machado de Assis e de quebra conheci o Cordelista Moreira de Acopiara, Cearense que além de cordel escreve também contos infantis. Não sei por quê mas me lembrei do Robson Canto, quando ele me mostrou e presenteou com alguns de seus cordéis, deve ser por quê o Canto é cabra arretado do norte também. Um deles se chama: O drama da seca, que só pela xilogravura deve ser danado de bom. Como fiquei inspirado com tanta informação junta ( incluindo Mãe de Máximo Górki que peguei emprestado), bolei essa poesia pra vocês conferirem. Como diz o Ferréz cuidado com o ácido. É nóis.

Pra esquecer, que esqueceram

Esqueceram...
Como o vento que vai e não volta do mesmo jeito
Tudo bem, isso eu até entendo
Mas vou caminhando, tudo tem o tempo
E vou vivendo bem apesar desse intento
Não queria agradecimentos, nem sorrisos
Queria ao menos consideração
Com esse pobre poeta rico
Rico de palavras e alguma boa vontade
Que ainda cultiva amigos de verdade
Pois ainda procuro motivos pra sua má vontade
Não tem problema, eu finjo
Não tem nada de errado viu! Eu até minto
Vou procurar não me lembrar que fui ignorado
Mas como o tempo passa, passa também esse seu malgrado
E quem sabe se de conta, do que está demarcado
Fique de boa viu! não há nada de errado
Educação vem do berço, portanto fico calado
Vou ficando por aqui, tenho bastante estudado
Literatura, como já disse no passado
Vou indo, e deixe a correnteza caminhar lado a lado
Pra não cometer deselegâncias
Com quem só quer ser notado
Ou pelo menos ao menos, um cumprimento
Mas tudo bem minha poesia é meu elemento
E se nela, já expus meu descontentamento
Vou ler um livro, e reforçar minha literatura do gueto.

Renato Vital Escritor, Poeta.

Um comentário:

Junior disse...

Show!!!