1.7.09

Poesia integrante do livro Poemas sangrentos '" era mais fácil antes"

Era mais fácil antes
Quando o pássaro, era só um pássaro
Pulando de galho em galho
Do mesmo jeito que faziam os macacos
Antes de serem dizimados
E os pássaros, vendidos, acabados
Foram exterminados, caçados
Acabou se a magia da natureza
Hoje faz parte do passado
Na periferia eu vejo
Um ninho de passarinho
A esperança cria asas
No coração de um menino
Díficil é hoje, que o real é só a moeda
E não a realidade de arestas magias
Coisas de infância sabe
A não, tu não sabes
Seu dotô
Cabou-se a magia
Só me sobrou esse córrego
No meio do mar da desilusão
A periferia sangra como a veia
Que o sistema não quer ter
A natureza se floresse
Somente dentro do meu ser
Era mais fácil antes
Quando eu tinha que me preocupar apenas
Em bater a falta direito
E rolar a bola
no jogo da vida
Cabou-se
Mas não me desencanto
A vida é uma só
E dentre as coisas ruins
De nenhuma delas eu me espanto
Ou melhor
Apenas disfarço
Era mais fácil antes
Com a magia do amanhecer.

Um comentário:

Anônimo disse...

a palavra dotô é estranha...
se um cara branco de olhos azuis é dotô, quem não é branco de olhos azuis morre de inveja e de raiva.
se um cara da periferia, cara de malaco, vira dotô, aí quem não é branco de olho azul faz festa...
puta preconceito do caralho que os marrom de olho escuro tem dos branco de olho claro!!
caralho, mano brown não é medida de solução, mano brown é medida de degeneração...

Davi Naves